São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2011

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Ásia reage à crise com temor e medidas de proteção

DE PEQUIM

Temerosos de efeitos dos problemas nos EUA e na Europa, alguns países asiáticos estão reagindo à ameaça de crise com demonstrações de preocupação e medidas de proteção de suas economias.
"Os problemas da dívida da Europa estão em desenvolvimento, e o risco de calote da dívida soberana dos EUA está aumentando", disse ontem o chanceler chinês, Yang Jiechi, em viagem à Polônia.
Ele disse esperar "que os EUA possam adotar medidas que assegurem que o patrimônio de outros países nos EUA esteja seguro".
A China tem cerca de 70% dos US$ 3,2 trilhões de reservas internacionais em moeda americana. Desse total, cerca de US$ 1,1 trilhão está em títulos do Tesouro, o que faz do gigante asiático o maior credor do governo americano.
Sobre a Europa, principal parceiro comercial da China, Yang disse ter confiança em sua recuperação: "Temos comprado muitos títulos em euro nos últimos anos".
A constante desvalorização do dólar e o risco de calote têm aumentado os alertas dentro da China sobre o risco de o país perder parte do valor de suas reservas.
Por outro lado, a China está com menos capacidade para "alavancar" a economia mundial, como fez em 2008, por causa da inflação alta.
Já o Japão, terceira economia mundial, não conseguiu parar a valorização do iene apesar de anteontem ter vendido US$ 13 bilhões em ienes.
A moeda subiu levemente ontem em relação ao dólar, de 78,54 para 79,40, devido à busca dos investidores por mercados seguros.
Uma novidade é que outras moedas da região Ásia-Pacífico também se tornaram "abrigos" para investidores, segundo levantamento do jornal "Financial Times".
Foi o caso dos dólares de Cingapura e da Nova Zelândia e do won sul-coreano.
As Bolsas da região mantiveram a tendência de queda, ontem. (FABIANO MAISONNAVE)


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