DO "NEW YORK TIMES"

No seu primeiro discurso diante da Assembléia Nacional, o premiê iraquiano, Ayad Allawi, afirmou que a instabilidade do Iraque ainda "é motivo de preocupação para muitas pessoas" e "que derrotar os grupos de insurgentes é um desafio a ser superado".
Allawi disse que as eleições gerais devem ocorrer em janeiro, conforme o planejado. Mas acrescentou que há obstáculos significativos em direção à segurança e à reconstrução do país. Segundo o premiê iraquiano, a nascente polícia do país está mal equipada e não goza de respeito suficiente para lidar com a insurgência.
O tom do discurso de ontem foi bem diferente das declarações otimistas que ele fez quando esteve nos EUA no mês passado. Na ocasião, Allawi afirmou que o único lugar inseguro do Iraque era o centro de Fallujah -cidade controlada por grupos insurgentes.
O chanceler britânico, Jack Straw, em visita a Bagdá, disse que a violência não deve impedir os planos para a realização de eleições no Iraque em janeiro.
Straw afirmou que a sua viagem ao Iraque não tem ligação com as negociações para a libertação do engenheiro britânico Kenneth Bigley, seqüestrado em 16 de setembro por terroristas.

Prisão e violência
Mais de 3.000 homens das forças americanas e iraquianas capturaram um possível campo de treinamento de insurgentes, prendendo mais de 160 supostos rebeldes em uma Província ao sul de Bagdá, segundo o comando militar dos EUA.
Não foi divulgado no comunicado o número de vítimas na ação. A operação de ontem faz parte da campanha dos EUA para capturar todas as cidades que atualmente estão nas mãos de insurgentes.
Ontem, um carro-bomba explodiu em Mossul (norte do Iraque), matando três civis iraquianos e ferindo quatro soldados americanos. Outro carro-bomba que visava um comboio de veículos militares dos EUA matou quatro iraquianos em Ramadi.