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ORIENTE MÉDIO
Acusados de elo com terror, os presos são palestinos; ONU diz desconhecer as detenções, ocorridas desde 2000
Israel revela ter 13 funcionários da ONU sob custódia
DA REDAÇÃO
O Exército de Israel anunciou
ontem que 13 palestinos que trabalham para a ONU foram presos
ao longo dos quatro anos de Intifada. O anúncio é o mais recente
episódio das disputas envolvendo
Israel e a ONU -acusada pelos
israelenses de ser pró-palestinos.
"Nós temos em nossas mãos
uma lista de 13 prisioneiros que
devem ser julgados. São todos envolvidos com o terrorismo", disse
o chefe de operações das Forças
Armadas de Israel, Yisrael Ziv.
Em Nova York, a ONU informou que não tem nenhuma informação sobre as prisões.
Os detidos seriam membros da
agência da ONU que é responsável por dar assistência aos palestinos na Cisjordânia e na faixa de
Gaza, a UNRWA. Essa agência foi
acusada nos últimos dias por Israel de transportar em uma de
suas ambulâncias um míssil do
grupo terrorista palestino Hamas.
Ontem, os israelenses decidiram diminuíram o tom da acusação à agência da ONU que, segundo haviam dito antes, citando um
vídeo feito por um aparelho voador não tripulado, transportou o
míssil.
A UNRWA nega e diz que o que
aparece sendo transportado pela
ambulância no filme é na realidade uma maca.
Ontem, Ziv evitou comentar se
o que era transportado era um
míssil ou uma maca e acrescentou
que o Exército de Israel "não está
livre de erros". O militar deixou
claro, porém, que funcionários da
UNRWA usam veículos da ONU
para dar suporte ao terrorismo.
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, afirmou que uma missão
da entidade está sendo enviada a
Israel para investigar as acusações
israelenses, que são tratadas "seriamente pela entidade".
Para complicar, o comissário-geral da UNRWA, Peter Hansen,
disse ontem que a agência emprega funcionários que são membros
do Hamas. Ele disse que não vê
problemas nisso, pois "essas pessoas não são terroristas".
Na faixa de Gaza, um ataque aéreo israelense matou um dos líderes do grupo terrorista Jihad Islâmico. Ao todo, oito palestinos
morreram ontem -o total em
uma semana atingiu 72. Entre as
vítimas está uma menina de 13
anos, que, segundo Israel, era suspeita de estar com uma bomba.
A campanha militar israelense
em Gaza visa eliminar a capacidade dos terroristas de lançar mísseis contra alvos israelenses.
No Conselho de Segurança da
ONU, os EUA vetaram resolução
condenado Israel pelas ações na
faixa de Gaza, afirmando que o
texto não era balanceado.
Com agências internacionais
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