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MISSÃO NO CARIBE
Militares brasileiros sofreram três ataques
Forças da ONU não atuam contra a violência, acusa ONG haitiana
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
A onda de violência iniciada na
quinta-feira continuou ontem em
algumas áreas de Porto Príncipe,
segundo relatos de agências de
notícias e da Coalizão Nacional
para os Direitos Haitianos
(CNDH), uma das principais
ONGs do país. A entidade acusa a
Minustah (Missão da ONU de Estabilização no Haiti) de omissão.
"Eles não estão fazendo nada,
nada. Há muitos crimes e tiroteios, e a violência continua", disse por telefone à Folha Pierre Esperance, diretor da CNDH.
Ligados ao ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que saiu do
país em fevereiro, os manifestantes têm exigido seu retorno e a libertação de três líderes políticos
presos na semana passada.
Desde quinta-feira, ao menos 18
pessoas foram mortas na capital
haitiana, das quais 7 eram policiais, segundo o governo haitiano.
Três foram decapitados.
Ontem, a agência France Presse
informou que ao menos três pessoas foram mortas -um ex-militar foi decapitado.
Encarregada da região de Porto
Príncipe, a missão brasileira respondeu com disparos a três ataques desde a última quinta-feira.
Nenhum brasileiro se feriu -não
há relatos de que haitianos tenham sido atingidos.
"Infelizmente, há uma confusão
sobre o emprego de uma força de
paz e o combate à criminalidade",
disse o coronel Antônio Carlos
Faillace, da seção de comunicação
social da brigada brasileira. Segundo ele, ontem foi "tranqüilo".
Ele disse que a força militar é
apenas a terceira a ser acionada,
depois da polícia haitiana e da polícia internacional da Minustah.
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