São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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MISSÃO NO CARIBE

Militares brasileiros sofreram três ataques

Forças da ONU não atuam contra a violência, acusa ONG haitiana

FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO

A onda de violência iniciada na quinta-feira continuou ontem em algumas áreas de Porto Príncipe, segundo relatos de agências de notícias e da Coalizão Nacional para os Direitos Haitianos (CNDH), uma das principais ONGs do país. A entidade acusa a Minustah (Missão da ONU de Estabilização no Haiti) de omissão.
"Eles não estão fazendo nada, nada. Há muitos crimes e tiroteios, e a violência continua", disse por telefone à Folha Pierre Esperance, diretor da CNDH.
Ligados ao ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que saiu do país em fevereiro, os manifestantes têm exigido seu retorno e a libertação de três líderes políticos presos na semana passada.
Desde quinta-feira, ao menos 18 pessoas foram mortas na capital haitiana, das quais 7 eram policiais, segundo o governo haitiano. Três foram decapitados.
Ontem, a agência France Presse informou que ao menos três pessoas foram mortas -um ex-militar foi decapitado.
Encarregada da região de Porto Príncipe, a missão brasileira respondeu com disparos a três ataques desde a última quinta-feira. Nenhum brasileiro se feriu -não há relatos de que haitianos tenham sido atingidos.
"Infelizmente, há uma confusão sobre o emprego de uma força de paz e o combate à criminalidade", disse o coronel Antônio Carlos Faillace, da seção de comunicação social da brigada brasileira. Segundo ele, ontem foi "tranqüilo".
Ele disse que a força militar é apenas a terceira a ser acionada, depois da polícia haitiana e da polícia internacional da Minustah.


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