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Kirchner diz à igreja que "diabo chega a todos"
DE BUENOS AIRES
O confronto político entre o governo de Néstor
Kirchner e o comando da
Igreja Católica na Argentina transformou-se em bate-boca nos últimos dias.
"Nosso Deus é de todos.
Mas o diabo também chega a todos, aos que usamos
calças e aos que usam batinas", discursou ontem o
presidente, respondendo
às críticas de um porta-voz
da igreja que o acusou de
"semear ódio" e de ser "um
perigo" para todos.
Governo e igreja se preparam para medir forças
no dia 29, em uma eleição
para formar a Assembléia
Constituinte da Província
de Misiones. Lá, o atual
governador, Carlos Rovira, que é kirchnerista, pretende implementar a reeleição ilimitada em uma
reforma constitucional.
O assunto é discutido
em outras três Províncias
do país, e, em todas elas, a
igreja lidera a oposição.
"Criticaram a Igreja por
ter se calado sob a ditadura. Agora a criticam porque fala", disse o bispo
Joaquín Piña, candidato a
constituinte em Misiones,
onde lidera o partido
Frente Unida pela Dignidade. Nesta semana, Piña
teve a aposentadoria antecipada pelo Vaticano.
(BL)
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