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Missão do Brasil em Caracas sofre invasão
DA REDAÇÃO
Inspirados na crise em
Honduras, três universitários venezuelanos de oposição ao presidente Hugo
Chávez entraram ontem
na Embaixada do Brasil
em Caracas, se amarraram
a um sofá e exigiram a intermediação da missão diplomática por uma visita
da Comissão Interamericana de Direitos Humanos
(CIDH) ao país.
Os três passaram o dia
no local e só partiram após
entregarem uma carta a
ser enviada ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Luis Magallanes, um
dos estudantes de direito
da Universidade de Carabobo que protagonizaram
a invasão, afirmou ao canal venezuelano Globovisión que o embaixador
brasileiro na Venezuela,
Antonio Simões, se comprometeu a enviar o documento a Lula.
A carta pede ajuda para
marcar a visita da CIDH à
Venezuela -o órgão, braço da OEA, é proibido por
Chávez de entrar no país.
O governo venezuelano
tem enfrentamentos frequentes com a CIDH, que
é crítica da situação dos direitos humanos no país.
Em agosto último, a CIDH
enviou uma carta a Caracas manifestando "profunda preocupação" também com a falta de liberdade de expressão local.
O documento dos estudantes pede ainda que o
Brasil reconheça que há
perseguições políticas na
Venezuela e que exorte
Caracas a pôr fim a elas.
Magallanes afirmou ao
jornal "El Universal" que
escolheu a Embaixada do
Brasil "por se tratar de um
país que respeita os direitos humanos" e que tem
"boas relações" com Chávez. A outro periódico, o
"Nacional", o estudante
disse ter tido como exemplo a atuação do Brasil na
crise hondurenha.
A entrada dos três provocou esvaziamento da
embaixada. Apenas três
diplomatas, incluindo o
embaixador Simões, permaneceram lá ontem.
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