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Senador dos EUA suspende veto a embaixador para o Brasil
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O senador republicano que
bloqueava a confirmação de
dois nomes-chave do governo
de Barack Obama para a América Latina, entre eles o do novo
embaixador dos EUA para o
Brasil, anunciou ontem que
suspenderá seu veto.
O conservador Jim DeMint,
da Carolina do Sul, disse que faria isso pois foi assegurado pelo
governo democrata que a Casa
Branca reconhecerá os resultados das eleições hondurenhas,
com ou sem a volta de Manuel
Zelaya ao poder.
Desde 21 de julho, o político
bloqueava os nomes de Thomas Shannon, atual secretário-assistente para o hemisfério
Ocidental, indicado por Obama
para a Embaixada dos EUA em
Brasília, e o acadêmico Arturo
Valenzuela, nomeado para sucedê-lo no Departamento de
Estado, criando um vácuo na
implantação da agenda latino-americana obamista.
"Estou feliz em relatar que o
governo de Obama finalmente
reverteu sua política hondurenha enganada e que vai reconhecer totalmente as eleições
[agendadas para o próximo dia
29]", disse DeMint.
Hillary Clinton e Shannon
"me asseguraram que os EUA
vão reconhecer o resultado das
eleições hondurenhas independentemente da restauração" de Zelaya, continuou. "Eu
acredito na palavra do governo
e que ele vai ficar ao lado do povo hondurenho e terminar seu
foco no desacreditado Zelaya."
Segundo DeMint, crítico da
proximidade do hondurenho
com o venezuelano Hugo Chávez, sua meta sempre foi "trabalhar com o governo para que
essa política fosse revertida".
A declaração acontece dois
dias depois de Shannon ter dito
à CNN que os EUA reconheceriam a eleição mesmo sem a
volta do líder deposto, o que
contraria o desejo da maior
parte dos países da região, Brasil incluído, e levou Zelaya a escrever carta pedindo que Hillary esclarecesse sua posição.
Até a conclusão dessa edição,
a Casa Branca e o Departamento de Estado não tinham se manifestado sobre o fim do veto.
No começo da noite, no entanto, rumores não confirmados davam conta de que outro
senador republicano, o novato
George LeMieux, da Flórida,
teria bloqueado os nomes de
Shannon e Valenzuela. Nos escritórios do político, ninguém
atendia aos telefones para confirmar ou negar a informação.
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