São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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MONARQUIA

Segundo tablóide, ela escreveu carta acusando ex-marido de planejar acidente com seu carro; Justiça investiga mortes

Carta de Diana acusa Charles de tramar morte

DA REDAÇÃO

O tablóide britânico "Daily Mirror" disse ontem que a princesa Diana acreditava que seu ex-marido, o príncipe Charles, teria planos de matá-la num acidente automobilístico -temor expresso numa carta a seu mordomo dez meses antes da batida de carro que a matou em Paris, em 1997.
"Meu marido está planejando "um acidente" com meu carro, uma falha no freio e um ferimento sério na cabeça de forma a abrir caminho para ele se casar", teria escrito Diana em 1996. O "Mirror" reproduziu a carta ontem.
O escritório do príncipe-herdeiro não comentou. 1996 foi o ano do divórcio do casal, quando sua relação extraconjugal com Camilla Parker-Bowles, sua namorada de juventude, já era conhecida. Nos últimos anos, o casal tem assumido o relacionamento cada vez mais publicamente.
Em outubro passado, no lançamento do livro de Paul Burrell, "Uma Questão de Honra" (edit. Ediouro, 440 págs.), o "Daily Mirror" revelou apenas que a princesa escrevera uma carta na qual teria dito que um membro da família real planejava matá-la.
Ontem, no dia em que o juiz Michael Burgess, responsável por processos envolvendo a família real, iria abrir o inquérito para apurar as mortes de Diana e de seu namorado, o muçulmano Dodi al Fayed, no acidente em Paris, o jornal identificou Charles como idealizador do suposto complô.
Burgess pediu à polícia britânica que investigue as especulações em torno da morte de Diana.
No final do ano passado, o Reino Unido anunciou que examinaria as circunstâncias das mortes de Diana, 36, e de Dodi, 42. Esse exame é obrigatório quando um cidadão britânico morre no exterior, mas não teria sido realizado antes porque as investigações na França não haviam terminado.
Os processos tiveram início ontem, mas foram adiados até 2005. Enquanto isso, Burgess pediu à polícia que determine se a tese de que teria havido uma conspiração deva ser levada em consideração.
"É do meu conhecimento que existe especulação de que [a morte de Diana] não foi resultado de um acidente de trânsito triste, mas relativamente normal", disse. "Pedi à polícia que investigue."
Em 1999, a Justiça francesa concluiu que o motorista Henri Paul, empregado de Dodi, estava bêbado e dirigia em alta velocidade na hora do acidente. Em 2002, rejeitou acusações de homicídio contra nove fotógrafos que perseguiam o casal.
Desde o acidente fatal, o empresário egípcio Mohammed al Fayed, pai de Dodi e dono da loja de departamentos londrina Harrods, sustenta que Diana e seu filho foram vítimas de uma conspiração, pois seu relacionamento incomodaria a monarquia. Por diversas vezes, exigiu a abertura de um inquérito no Reino Unido. "É o que estamos esperando por seis anos", afirmou ontem.


Com agências internacionais

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