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MONARQUIA
Segundo tablóide, ela escreveu carta acusando ex-marido de planejar acidente com seu carro; Justiça investiga mortes
Carta de Diana acusa Charles de tramar morte
DA REDAÇÃO
O tablóide britânico "Daily
Mirror" disse ontem que a princesa Diana acreditava que seu ex-marido, o príncipe Charles, teria
planos de matá-la num acidente
automobilístico -temor expresso numa carta a seu mordomo
dez meses antes da batida de carro que a matou em Paris, em 1997.
"Meu marido está planejando
"um acidente" com meu carro,
uma falha no freio e um ferimento
sério na cabeça de forma a abrir
caminho para ele se casar", teria
escrito Diana em 1996. O "Mirror" reproduziu a carta ontem.
O escritório do príncipe-herdeiro não comentou. 1996 foi o ano
do divórcio do casal, quando sua
relação extraconjugal com Camilla Parker-Bowles, sua namorada
de juventude, já era conhecida.
Nos últimos anos, o casal tem assumido o relacionamento cada
vez mais publicamente.
Em outubro passado, no lançamento do livro de Paul Burrell,
"Uma Questão de Honra" (edit.
Ediouro, 440 págs.), o "Daily Mirror" revelou apenas que a princesa escrevera uma carta na qual teria dito que um membro da família real planejava matá-la.
Ontem, no dia em que o juiz Michael Burgess, responsável por
processos envolvendo a família
real, iria abrir o inquérito para
apurar as mortes de Diana e de
seu namorado, o muçulmano Dodi al Fayed, no acidente em Paris,
o jornal identificou Charles como
idealizador do suposto complô.
Burgess pediu à polícia britânica que investigue as especulações
em torno da morte de Diana.
No final do ano passado, o Reino Unido anunciou que examinaria as circunstâncias das mortes
de Diana, 36, e de Dodi, 42. Esse
exame é obrigatório quando um
cidadão britânico morre no exterior, mas não teria sido realizado
antes porque as investigações na
França não haviam terminado.
Os processos tiveram início ontem, mas foram adiados até 2005.
Enquanto isso, Burgess pediu à
polícia que determine se a tese de
que teria havido uma conspiração
deva ser levada em consideração.
"É do meu conhecimento que
existe especulação de que [a morte de Diana] não foi resultado de
um acidente de trânsito triste,
mas relativamente normal", disse. "Pedi à polícia que investigue."
Em 1999, a Justiça francesa concluiu que o motorista Henri Paul,
empregado de Dodi, estava bêbado e dirigia em alta velocidade na
hora do acidente. Em 2002, rejeitou acusações de homicídio contra nove fotógrafos que perseguiam o casal.
Desde o acidente fatal, o empresário egípcio Mohammed al Fayed, pai de Dodi e dono da loja de
departamentos londrina Harrods, sustenta que Diana e seu filho foram vítimas de uma conspiração, pois seu relacionamento
incomodaria a monarquia. Por
diversas vezes, exigiu a abertura
de um inquérito no Reino Unido.
"É o que estamos esperando por
seis anos", afirmou ontem.
Com agências internacionais
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