São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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GUERRA SEM LIMITES

Idéia é adaptar tecnologia militar em linhas aéreas comerciais

EUA querem antimíssil em aviões

DA REDAÇÃO

O governo norte-americano selecionou ontem três empresas para projetar opções de defesa em linhas comerciais americanas contra a ameaça de mísseis antiaéreos portáteis e disparados do ombro.
As empresas deverão buscar a adaptação de uma complexa tecnologia militar já usada pelos EUA para a aviação comercial e apresentar propostas de custo de desenvolvimento, utilização e manutenção.
Entre os sistemas a ser pesquisados estão o uso de pequenas "armadilhas" e de um sistema de feixes de laser para desviar eventuais mísseis.
O Departamento da Segurança Interna informou que negociará contratos preliminares no valor de US$ 2 milhões com as empresas Northrop Grumman, United Airlines e BAE Systems.
Embora exista uma verba de US$ 122 milhões para a pesquisa dessa nova tecnologia, haverá reavaliações do projeto durante os próximos seis meses para determinar se o governo autorizará uma eventual segunda fase.
Mesmo se for aprovado, a implantação de um sistema antimíssil em aviões comerciais poderá levar anos.
O governo norte-americano enfatizou ontem que o projeto se baseia na ameaça potencial de mísseis disparados do ombro, e não nas informações da inteligência das últimas semanas sobre novos ataques terroristas.

Antecedentes
Preocupações com mísseis terra-ar cresceram depois de uma tentativa de derrubar um avião comercial israelense no Quênia, em novembro de 2002, com um armamento desse tipo.
Recentemente, houve tentativas de derrubar aviões militares e cargueiros norte-americanos da mesma forma no Iraque.
Um dos principais problemas é o custo da implantação de um sistema desse tipo. Alguns especialistas em segurança e aviação estimam que valor chegue a bilhões de dólares. O governo americano evitou citar valores.
As empresas selecionadas têm estimativas que variam a partir do número de aviões que empregariam a tecnologia. As projeções ficaram em menos de US$ 1 milhão por aeronave, mas sem os custos de manutenção.
Há quase 6.000 aviões comerciais nos EUA, mas a maioria é de pequeno porte e portanto não seria incluída no programa.


Com agências internacionais


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