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entrevista
"Aqui ou votamos na esquerda ou na esquerda radical"
DA ENVIADA A NASHVILLE
O conservador purista Jim
Linn, 48, encarnou o revolucionário americano Samuel
Adams na Convenção Nacional do "Tea Party" para deixar claro que é hora de "os
patriotas defenderem a
Constituição". O ativista da
Louisiana diz que, ao votar
no republicano John
McCain em 2008 optou "pelo menor de dois males" -e
ficou deprimido por semanas. "Esse é o problema nos
EUA, ou votamos na esquerda, ou na esquerda radical",
afirma.
(AM)
FOLHA - Por que o sr. está vestido de Samuel Adams [revolucionário americano considerado um
dos fundadores da nação e que
foi um dos participantes da Festa
do Chá de Boston em 1773, cujo
nome inspira o movimento "Tea
Party" atual]?
JIM LINN - Porque Samuel
Adams disse: "Se, em algum
momento, homens vaidosos
e gananciosos ocuparem o
governo, nosso país vai precisar de seus patriotas para
prevenir sua ruína". Este é o
momento, nós somos os patriotas, e agora é a hora de
defender a Constituição e
nossa cultura judaico-cristã.
FOLHA - O multiculturalismo é
um problema?
LINN - Sim. Vejo o que está
acontecendo com o resto do
mundo -a islamização- e
vejo a Europa lutar em vão
contra essa onda. Acho que
isso poderia ocorrer aqui, especialmente porque estamos
deixando todo mundo entrar
[imigrantes]. E tudo o que o
presidente Barack Obama
está fazendo é contrário aos
valores da maioria dos cidadãos da América.
FOLHA - Qual o caminho para
defender esses valores?
LINN - Eu represento uma
organização chamada "Caia
Fora da Nossa Câmara"
("Get Out of Our House"),
um plano apartidário para
expulsar os políticos de carreira de nosso sistema. Todos os deputados pegam dinheiro de lobistas e não representam as pessoas e são
os primeiros que devem cair
fora. Tenho votado em republicanos há 30 anos, mas não
sei como vou votar na próxima eleição, talvez em um independente. É preciso agora
definir quem são os reais
candidatos conservadores e
ajudá-los a se eleger.
FOLHA - O sr. votaria em Sarah
Palin [a ex-candidata a vice republicana] ?
LINN - Não estou convencido sobre ela ainda. É cedo para falar sobre uma campanha
presidencial, temos que nos
concentrar nas legislativas
[em novembro]. Não gosto
do fato de ela apoiar McCain
no Arizona. É politicagem?
Eu sou um purista, acredito
na defesa da Constituição a
qualquer custo. Há um vácuo
enorme na direita, pois esquerdistas se apropriaram
dos dois partidos [Democrata e Republicano]. É esse vácuo que o movimento "Tea
Party" tem que ocupar.
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