São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

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Bombardeio gera temor sobre início da guerra

DA REDAÇÃO

Caças americanos e britânicos atacaram anteontem à noite um comando de defesa aérea e uma central de controle num campo militar localizado 285 km a sudoeste de Bagdá. Segundo os EUA, o bombardeio foi em resposta a um ataque iraquiano a aviões que estavam patrulhando a zona de exclusão aérea no sul do país.
Informações iniciais de que até cem caças teriam participado da ação geraram temores de que o bombardeio fosse uma indicação do início próximo de uma ação militar de grande proporção contra o Iraque. O receio pela iminência de uma guerra provocou um forte aumento nos preços internacionais do petróleo, que atingiram seu pico neste ano.
As informações sobre o bombardeio, divulgadas pelo jornal britânico "Daily Telegraph", foram negadas pelos EUA. Segundo o general americano John Rosa, vice-diretor de operações do Comando Conjunto, foram usados na ação 12 caças, que jogaram 25 bombas. "Fomos alvejados e respondemos", disse Rosa. "Temos feito isso nos últimos 11 anos e continuaremos fazendo."
A zona de exclusão aérea foi imposta após o fim da Guerra do Golfo (1991) para impedir o sobrevôo de aviões iraquianos sobre essas regiões para proteger as minorias curda (norte) e xiita (sul) contra forças do governo. O Iraque não reconhece as zonas. Somente neste ano, já houve cerca de 30 bombardeios semelhantes ao Iraque, mas, segundo fontes militares, este parecia ser o maior até agora.
A agência de notícias oficial do Iraque confirmou ontem o bombardeio no oeste do país, mas disse que o alvo foram civis na cidade de Al Rutbah, próxima à fronteira com a Jordânia. O Iraque constantemente acusa os EUA de atacar alvos civis. "Nossas corajosas unidades antiaéreas enfrentaram os caças e os forçaram a deixar os céus iraquianos", afirmou um porta-voz militar iraquiano.


Com agências internacionais

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