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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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Consequências do levante ainda são sentidas

DA REPORTAGEM LOCAL

Trinta anos depois, as feridas abertas pelo golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet continuam abertas no Chile.
As famílias de mortos e desaparecidos políticos criticam o pacote do presidente Ricardo Lagos que prevê redução de pena para ex-torturadores e ex-repressores que ajudem na investigação.
O próprio presidente reconheceu, durante a semana, que o capítulo das violações aos direitos humanos no Chile "não se fechará nunca porque a dor dos familiares das vítimas perdurará para sempre".
No dia 11 estão programados vários atos para celebrar os 30 anos da morte de Allende. O governo está preocupado com a possibilidade de incidentes violentos nesse dia. No fim de semana passado, quatro homens foram presos com 500 gramas de explosivos. Eles disseram pertencer a um grupo que estaria em formação, designado Movimento Revolucionário Popular dos Trabalhadores.
Embora a memória de Allende esteja viva principalmente nos chilenos com vinculação à esquerda, a maioria da população demonstra desinteresse pelo dia 11 de setembro. Uma pesquisa realizada pela Fundação Futuro demonstrou que 67,5% dos entrevistados não se interessam pelo tema nem pelas solenidades.
Uma outra pesquisa divulgada pela mesma fundação, em julho passado, apontou que, para 87%, o país não alcançou uma reconciliação.


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