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Recontagem pode dar a democratas 60% do Senado
DA REDAÇÃO
O Partido Democrata garantiu pela primeira vez desde 1992 o comando da Casa
Branca e as maiorias nas
duas Casas no Congresso.
Mas dependerá de uma recontagem para saber se conseguirá no Senado o número
de assentos necessário para
impor sua agenda legislativa
à prova de obstruções.
Até ontem, o partido havia
garantido 56 dos 100 assentos na Casa, contra 40 do
Partido Republicano. A definição de outras três cadeiras
ainda dependia do fim da
apuração.
Caso o Partido Democrata
conseguisse conquistar todas elas, ficaria a um assento
de chegar aos 60 senadores,
margem que permite a um
partido impedir a prática dos
"filibusters" -discursos excessivamente longos que são
usados pela minoria para
obstruir a votação de projetos da maioria.
A 60ª vaga pode vir por
meio da recontagem dos votos em Minnesota, onde o
democrata Al Franken, ex-roteirista e comediante do
"Saturday Night Live", perdeu a eleição por 475 votos
para o republicano Norm
Coleman.
A disputa, que computou
quase 3 milhões de votos, teve diferença de 0,01 ponto
em favor do republicano. Lei
estadual determina recontagem automática em caso de
definições eleitorais por
meio ponto percentual ou
menos. Ela não deve começar antes do dia 19 e pode se
arrastar até dezembro.
Em 2 dos outros 3 Estados
cujas disputas ainda não tiveram os vencedores apontados -Geórgia e Alasca-,
os republicanos estavam à
frente (sendo que a margem
no último era de cerca de
3.000 votos num universo de
mais de 200 mil).
Além de obter as quatro
vagas, o Partido Democrata
ainda precisará manter em
suas filas os dois senadores
independentes que costumam votar com a legenda,
entre eles Joe Lieberman,
que nas eleições apoiou John
McCain contra Barack Obama. A bancada do partido estuda punir Lieberman, retirando dele a presidência da
Comissão de Segurança Nacional do Senado. Caso tomada, a medida pode empurrá-lo de vez à oposição.
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