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Diálogo EUA-Irã refletiria fraqueza, diz Livni
Pavel Wolberg/Efe
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Livni e Rice, em Israel; americana admitiu que paz israelo-palestina em 2008 é meta irrealista
DA REDAÇÃO
A chanceler israelense, Tzipi
Livni, favorita para a sucessão
do premiê Ehud Olmert segundo pesquisas, alertou ontem
que eventual disposição do presidente eleito dos EUA, Barack
Obama, de dialogar com o Irã
poderia ser vista como fraqueza. Para ela, o gesto poderia
comprometer os esforços internacionais para interromper
o programa nuclear iraniano.
Ainda nas prévias da eleição
presidencial, Obama chegou a
dizer que sentaria à mesa sem
precondições com governantes
considerados inimigos dos
EUA, o que incluiria o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Ele, porém, abrandou o discurso durante a disputa com John McCain. Ontem,
Ahmadinejad, em carta, parabenizou Obama pela vitória.
A política do governo democrata para o Oriente Médio motiva especulações. Em editorial,
o britânico "Financial Times"
defendeu a nomeação do ex-presidente Bill Clinton como
enviado especial para a região.
Em visita a Israel, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, admitiu que a
conclusão das negociações de
paz entre israelenses e palestinos até o final do ano é irrealista. Os negociadores de Israel e
da ANP (Autoridade Nacional
Palestina) já haviam manifestado descrença no prazo, acertado em Annapolis, nos EUA,
em novembro do ano passado.
Para Rice, a sucessão de Olmert, levado a renunciar por
escândalos de corrupção, marcada para fevereiro, "limita a
capacidade do governo". Mas,
segundo ela, qualquer que seja
o desfecho, haverá uma base
para que os novos governos nos
EUA e em Israel sigam adiante.
No giro de quatro dias pela
região, Rice teria encontros
com Olmert e os principais postulantes à sua sucessão -Livni
e os líderes do Likud, Benjamin
Netanyahu, e dos trabalhistas,
Ehud Barak- além do líder da
ANP, Mahmoud Abbas, e visitas à Jordânia e ao Egito.
Na terça, um ataque israelense à faixa de Gaza deixou ao menos cinco mortos e motivou
resposta do Hamas, que domina o território, ameaçando o
cessar-fogo de junho último.
Com agências internacionais
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