São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

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Diálogo EUA-Irã refletiria fraqueza, diz Livni

Pavel Wolberg/Efe
Livni e Rice, em Israel; americana admitiu que paz israelo-palestina em 2008 é meta irrealista

DA REDAÇÃO

A chanceler israelense, Tzipi Livni, favorita para a sucessão do premiê Ehud Olmert segundo pesquisas, alertou ontem que eventual disposição do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, de dialogar com o Irã poderia ser vista como fraqueza. Para ela, o gesto poderia comprometer os esforços internacionais para interromper o programa nuclear iraniano.
Ainda nas prévias da eleição presidencial, Obama chegou a dizer que sentaria à mesa sem precondições com governantes considerados inimigos dos EUA, o que incluiria o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Ele, porém, abrandou o discurso durante a disputa com John McCain. Ontem, Ahmadinejad, em carta, parabenizou Obama pela vitória.
A política do governo democrata para o Oriente Médio motiva especulações. Em editorial, o britânico "Financial Times" defendeu a nomeação do ex-presidente Bill Clinton como enviado especial para a região.
Em visita a Israel, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, admitiu que a conclusão das negociações de paz entre israelenses e palestinos até o final do ano é irrealista. Os negociadores de Israel e da ANP (Autoridade Nacional Palestina) já haviam manifestado descrença no prazo, acertado em Annapolis, nos EUA, em novembro do ano passado.
Para Rice, a sucessão de Olmert, levado a renunciar por escândalos de corrupção, marcada para fevereiro, "limita a capacidade do governo". Mas, segundo ela, qualquer que seja o desfecho, haverá uma base para que os novos governos nos EUA e em Israel sigam adiante.
No giro de quatro dias pela região, Rice teria encontros com Olmert e os principais postulantes à sua sucessão -Livni e os líderes do Likud, Benjamin Netanyahu, e dos trabalhistas, Ehud Barak- além do líder da ANP, Mahmoud Abbas, e visitas à Jordânia e ao Egito.
Na terça, um ataque israelense à faixa de Gaza deixou ao menos cinco mortos e motivou resposta do Hamas, que domina o território, ameaçando o cessar-fogo de junho último.


Com agências internacionais


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