São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007

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Para Farc, esforço de Sarkozy é insuficiente

DA REDAÇÃO

Em comunicado na internet, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) qualificaram de "louváveis e saudáveis" os esforços do presidente francês, Nicolas Sarkozy, pela troca de reféns por rebeldes presos. O grupo, no entanto, condicionou o acordo à criação de uma zona desmilitarizada na Colômbia, medida rechaçada por Bogotá.
Anteontem, Sarkozy se dirigiu em pronunciamento ao líder da guerrilha, Manuel Marulanda, a quem pediu a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002. Ontem, Uribe disse respeitar a iniciativa de Sarkozy de se dirigir às Farc, mas reiterou que não vai retirar as tropas de nenhuma região.
Na terça-feira, o governo Uribe manifestou o desejo de que Sarkozy acompanhe as negociações para a troca de 45 reféns por 500 guerrilheiros presos. Sarkozy pediu "tempo para refletir", mas afirmou que tomaria iniciativas rapidamente para libertar os seqüestrados.
No fim de semana, o primeiro-ministro francês, François Fillon, aproveitará viagem à Argentina para tratar com o governo colombiano da libertação dos reféns.
Ainda ontem, segundo a agência Efe, Sarkozy pediu a colaboração do seu colega argentino, Néstor Kirchner, para conseguir a soltura dos reféns. O pedido foi feito em uma carta enviada a Kirchner.
Sarkozy afirma na carta que a comunidade internacional deve "se mobilizar e atuar com urgência para chegar a uma solução humanitária que conduza à liberação dos reféns". "Para alcançar meu objetivo, tenho o apoio de todos os franceses. Necessito também do seu apoio [de Kirchner]. Ficarei, assim como os meus compatriotas, muito agradecido por ele."
"Como você sabe, condeno sem reservas (...) os métodos das guerrilhas, mas ante uma situação cuja persistência desafia o entendimento, e por obrigação moral, sinto que é meu dever dirigir-me a ela", escreveu o francês.


Com agências internacionais


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