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Para Farc, esforço de Sarkozy é insuficiente
DA REDAÇÃO
Em comunicado na internet,
as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) qualificaram de "louváveis e saudáveis" os esforços do presidente
francês, Nicolas Sarkozy, pela
troca de reféns por rebeldes
presos. O grupo, no entanto,
condicionou o acordo à criação
de uma zona desmilitarizada
na Colômbia, medida rechaçada por Bogotá.
Anteontem, Sarkozy se dirigiu em pronunciamento ao líder da guerrilha, Manuel Marulanda, a quem pediu a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada
em 2002. Ontem, Uribe disse
respeitar a iniciativa de Sarkozy de se dirigir às Farc, mas
reiterou que não vai retirar as
tropas de nenhuma região.
Na terça-feira, o governo Uribe manifestou o desejo de que
Sarkozy acompanhe as negociações para a troca de 45 reféns por 500 guerrilheiros presos. Sarkozy pediu "tempo para
refletir", mas afirmou que tomaria iniciativas rapidamente
para libertar os seqüestrados.
No fim de semana, o primeiro-ministro francês, François
Fillon, aproveitará viagem à
Argentina para tratar com o governo colombiano da libertação dos reféns.
Ainda ontem, segundo a
agência Efe, Sarkozy pediu a
colaboração do seu colega argentino, Néstor Kirchner, para
conseguir a soltura dos reféns.
O pedido foi feito em uma carta
enviada a Kirchner.
Sarkozy afirma na carta que a
comunidade internacional deve "se mobilizar e atuar com urgência para chegar a uma solução humanitária que conduza à
liberação dos reféns". "Para alcançar meu objetivo, tenho o
apoio de todos os franceses.
Necessito também do seu apoio
[de Kirchner]. Ficarei, assim
como os meus compatriotas,
muito agradecido por ele."
"Como você sabe, condeno
sem reservas (...) os métodos
das guerrilhas, mas ante uma
situação cuja persistência desafia o entendimento, e por obrigação moral, sinto que é meu
dever dirigir-me a ela", escreveu o francês.
Com agências internacionais
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