São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007 |
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"Não vou intervir no governo de Cristina", afirma Kirchner
Após longo silêncio com a imprensa, presidente argentino faz balanço de seu mandato NÃO À REELEIÇÃO Faz muito bem ao país a continuidade com mudança. A alternância no poder oxigena as decisões e permite a possibilidade de continuar as ações por gente, como Cristina, que viu de perto as coisas, mas sempre teve um distanciamento para manter a capacidade de análise e corrigir o que é preciso. VOLTA EM 2011 Não vão acreditar em nada do que eu disser. O que vale são os atos. Agora penso em trabalhar fortemente, como um argentino a mais. GOVERNO CRISTINA A presidente Cristina está muito preparada para governar. É ela quem deve dirigir o país, tomar as decisões. Eu vou acompanhá-la, nada mais. Eu faria muito mal em interferir no que quer que fosse nas tarefas do próximo governo. FUTURO Claro que estarei ativo, adoro a política. Mas dizer que vou trabalhar para ser presidente do Partido Justicialista hoje seria... Quando se tem uma tarefa tão dura como a que me tocou nesses anos, é preciso um tempo de reflexão. INFLAÇÃO Os índices na Argentina sempre tiveram credibilidade limitada. Neste ano houve campanha política, então tentaram nos desprestigiar de qualquer maneira. Não vamos cair na armadilha que nos prepararam. INSEGURANÇA A insegurança não é um problema só argentino. Está instalada no mundo, na região e na Argentina, em graus distintos. Não é comparável o que acontece na Argentina com o que acontece no México, no Brasil -em São Paulo, no Rio de Janeiro-, na Venezuela. A Argentina tem problemas para resolver no tema da insegurança e deve fazê-lo. Por meio da inclusão social, paulatinamente. CASO DA MALA Isso [a tentativa do venezuelano Guido Antonini Wilson de entrar na Argentina com US$ 800 mil não-declarados] lamentavelmente foi uma atitude de excesso de confiança de um funcionário argentino, que não podia ter permitido que subisse qualquer um no avião. Nós agimos rapidamente, afastando esse funcionário. É absurdo acreditar que o presidente Chávez tenha participado de uma manobra desse tipo. CRISE COM O URUGUAI Houve uma violação do Tratado do Rio Uruguai pelo Uruguai. O presidente Tabaré Vázquez, antes de assumir, me disse que as papeleiras eram um presente de grego para ele. Depois fez todo o contrário do que me disse. Lamento que tenha sido assim. Teremos que resolver agora no Tribunal de Haia. Somos dois países amigos, devemos aprofundar essa amizade, mas temos que definir quem tem razão nesse tema. RELAÇÃO COM OS EUA As relações com os EUA são corretas. O que ocorre é que não são carnais, nem são vergonhosas, como foram para a Argentina no passado, que derivaram na crise de 2001. Temos relações sérias, responsáveis, mas temos visões distintas. Texto Anterior: Coréia do Norte: Em carta, Bush pede respeito a acordo nuclear Próximo Texto: Artigo: Democracia nas Américas Índice |
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