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ONU já prevê fome no
Iraque com a guerra
DA REDAÇÃO
Um relatório confidencial da
ONU (Organização das Nações
Unidas) prevê que 1 milhão de civis iraquianos poderão se refugiar
em países vizinhos (900 mil no
Irã) e outros 2 milhões poderão ficar sem casa dentro do país no caso de um ataque militar. De 4,5
milhões a 9,5 milhões de iraquianos necessitarão de alimentos
vindos do exterior. O Iraque tem
26,5 milhões de habitantes.
O documento também prevê
que até 500 mil iraquianos precisarão receber tratamento médico
devido a ferimentos ou doenças.
O impacto seria maior do que
durante a Guerra do Golfo (1991)
porque uma década sanções ao
Iraque deixou a população quase
totalmente dependente do governo iraquiano. O relatório foi elaborado há cerca de um mês por
diversas agências da ONU.
Trechos foram divulgados ontem no site da Campanha contra
as Sanções ao Iraque, grupo baseado na Universidade de Cambridge (Reino Unido). O link é www.cam.ac.uk/societies/casi/info/undocs/war021210.pdf.
Fontes da ONU confirmaram a
autenticidade do documento, que
prevê que haveria um forte bombardeio aéreo seguido de uma
ampla ofensiva terrestre: "A devastação seria grande".
Há meses, funcionários da ONU
planejam como reagir à crise humanitária, mas sob sigilo para não
parecer que a entidade já concluiu
que a guerra é inevitável, prejudicando assim o trabalho de seus
inspetores de armas no Iraque.
Segundo a ONU, a guerra interromperia a produção de petróleo
e prejudicaria seriamente o abastecimento de energia elétrica, o
transporte e a distribuição de produtos básicos. E tornaria muito
perigoso o trabalho de agências
de ajuda humanitária.
Crianças com menos de cinco
anos, grávidas e mães em período
de amamentação serão as vítimas
mais vulneráveis. "Além disso, há
risco de epidemias de cólera e disenteria", diz o relatório.
Com agências internacionais
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