|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sauditas e ONU dizem que ainda não há provas
DA REDAÇÃO
A Arábia Saudita anunciou ontem que só decidirá se apoia ou
não uma guerra liderada pelos
EUA contra o Iraque após ver
provas de que o país vizinho possui ou está desenvolvendo armas
de destruição em massa.
Os inspetores da comissão da
ONU que investiga os arsenais de
Saddam Hussein ainda não encontraram provas que sustentem
as acusações de Washington. Ontem, utilizaram pela primeira vez
helicópteros numa missão de verificação, cerca de 450 km a oeste
de Bagdá, perto da Síria.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica
(AIEA), Mohamed El Baradei,
reafirmou que nada foi encontrado ainda do suposto programa de
armas nucleares do Iraque. Destacou, entretanto, que ainda é cedo
para tirar conclusões.
Segundo o diário alemão "Tageszeitung", o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, dirá nesta semana ao Conselho de
Segurança que Bagdá tem cooperado com suas equipes, que ainda
não encontraram programas ilegais de armas no país.
Os sauditas concederam aos
americanos as principais bases
militares de onde partiram os ataques ao Iraque na Guerra do Golfo (1991). Atualmente, porém, seu
governo está mais relutante em
permitir o uso de seu território
para uma eventual ofensiva.
"Se a ONU pedir à Arábia Saudita para entrar [na guerra], dependendo das violações materiais e das provas que mostrarem, decidiremos", disse o chanceler saudita, o príncipe Saud. "Estamos interessados na paz e buscando
uma solução pacífica para essa crise. Mesmo se a ONU decidir
pela guerra, queremos que nos seja dada uma última chance para
fazer esforços pela paz."
Alguns analistas argumentam que os EUA teriam planos de
apresentar provas de que Saddam continua violando resoluções da
ONU só quando o cenário de guerra já estiver armado no Golfo.
Com agências internacionais
Texto Anterior: ONU já prevê fome no Iraque com a guerra Próximo Texto: Terrorismo: Londres apreende toxina e detém seis Índice
|