São Paulo, quarta-feira, 08 de janeiro de 2003

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Sauditas e ONU dizem que ainda não há provas

DA REDAÇÃO

A Arábia Saudita anunciou ontem que só decidirá se apoia ou não uma guerra liderada pelos EUA contra o Iraque após ver provas de que o país vizinho possui ou está desenvolvendo armas de destruição em massa.
Os inspetores da comissão da ONU que investiga os arsenais de Saddam Hussein ainda não encontraram provas que sustentem as acusações de Washington. Ontem, utilizaram pela primeira vez helicópteros numa missão de verificação, cerca de 450 km a oeste de Bagdá, perto da Síria.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, reafirmou que nada foi encontrado ainda do suposto programa de armas nucleares do Iraque. Destacou, entretanto, que ainda é cedo para tirar conclusões.
Segundo o diário alemão "Tageszeitung", o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, dirá nesta semana ao Conselho de Segurança que Bagdá tem cooperado com suas equipes, que ainda não encontraram programas ilegais de armas no país.
Os sauditas concederam aos americanos as principais bases militares de onde partiram os ataques ao Iraque na Guerra do Golfo (1991). Atualmente, porém, seu governo está mais relutante em permitir o uso de seu território para uma eventual ofensiva.
"Se a ONU pedir à Arábia Saudita para entrar [na guerra], dependendo das violações materiais e das provas que mostrarem, decidiremos", disse o chanceler saudita, o príncipe Saud. "Estamos interessados na paz e buscando uma solução pacífica para essa crise. Mesmo se a ONU decidir pela guerra, queremos que nos seja dada uma última chance para fazer esforços pela paz."
Alguns analistas argumentam que os EUA teriam planos de apresentar provas de que Saddam continua violando resoluções da ONU só quando o cenário de guerra já estiver armado no Golfo.


Com agências internacionais


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