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Com US$ 130 mi, a campanha de Bush bate recorde
DA REUTERS
A campanha de reeleição do
presidente dos EUA, George
W. Bush, anunciou ontem que
seus cofres receberam o formidável recorde de US$ 130,8 milhões em contribuições para
uso contra seus adversários democratas, em apenas sete meses de arrecadação.
O total ultrapassa de longe o
recorde estabelecido por Bush,
de US$ 100 milhões, durante
sua campanha de 2000, e o coloca facilmente ao alcance do
objetivo de US$ 170 milhões
para gastos de campanha, em
uma primária republicana na
qual ele não terá concorrentes.
Bush empregará o dinheiro
principalmente em propaganda na TV, para promover uma
campanha que deve enfatizar
sua liderança na guerra contra
o terrorismo e classificar seu
oponente democrata, provavelmente o ex-governador de
Vermont, Howard Dean, como
despreparado para a tarefa.
O anúncio se refere ao dinheiro arrecadado pela campanha de Bush até o final de 2003.
A maior parte do dinheiro
veio na forma de cheques de
US$ 2.000 assinados por contribuintes relativamente prósperos, disse Ken Mehlman, o
diretor da campanha.
O concorrente mais próximo
de Bush em termos de dinheiro
arrecadado é Dean, com cerca
de US$ 40 milhões. O ex-governador bateu todos os recordes
de arrecadação para campanhas eleitorais na história do
Partido Democrata, superando
até mesmo o prolífico Bill Clinton, e tem por objetivo acompanhar Bush dólar por dólar.
Mas Dean continua muito
atrás do presidente. Seu total de
US$ 40 milhões em contribuições não se equipara sequer aos
US$ 47 milhões arrecadados
por Bush apenas nos três últimos meses de 2003.
Bush gastará os US$ 170 milhões durante a temporada das
primárias, que se encerra com
a convenção nacional dos republicanos, em Nova York, no
começo de setembro. Depois
disso, ele usará verbas públicas
para as despesas da eleição geral, no valor de US$ 75 milhões,
também disponíveis ao candidato democrata.
Mehlman disse que Bush
precisava do dinheiro para responder aos ataques de grupos
oposicionistas bem financiados, como o liderado pelo investidor George Soros, que estão gastando milhões para derrotá-lo fora da estrutura partidária convencional.
A equipe de Bush espera economizar nos gastos até março,
para se preparar para o surgimento de um favorito entre os
nove democratas que este mês
travarão batalhas decisivas em
Iowa e New Hampshire.
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