São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004

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Com US$ 130 mi, a campanha de Bush bate recorde

DA REUTERS

A campanha de reeleição do presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou ontem que seus cofres receberam o formidável recorde de US$ 130,8 milhões em contribuições para uso contra seus adversários democratas, em apenas sete meses de arrecadação.
O total ultrapassa de longe o recorde estabelecido por Bush, de US$ 100 milhões, durante sua campanha de 2000, e o coloca facilmente ao alcance do objetivo de US$ 170 milhões para gastos de campanha, em uma primária republicana na qual ele não terá concorrentes.
Bush empregará o dinheiro principalmente em propaganda na TV, para promover uma campanha que deve enfatizar sua liderança na guerra contra o terrorismo e classificar seu oponente democrata, provavelmente o ex-governador de Vermont, Howard Dean, como despreparado para a tarefa.
O anúncio se refere ao dinheiro arrecadado pela campanha de Bush até o final de 2003.
A maior parte do dinheiro veio na forma de cheques de US$ 2.000 assinados por contribuintes relativamente prósperos, disse Ken Mehlman, o diretor da campanha.
O concorrente mais próximo de Bush em termos de dinheiro arrecadado é Dean, com cerca de US$ 40 milhões. O ex-governador bateu todos os recordes de arrecadação para campanhas eleitorais na história do Partido Democrata, superando até mesmo o prolífico Bill Clinton, e tem por objetivo acompanhar Bush dólar por dólar.
Mas Dean continua muito atrás do presidente. Seu total de US$ 40 milhões em contribuições não se equipara sequer aos US$ 47 milhões arrecadados por Bush apenas nos três últimos meses de 2003.
Bush gastará os US$ 170 milhões durante a temporada das primárias, que se encerra com a convenção nacional dos republicanos, em Nova York, no começo de setembro. Depois disso, ele usará verbas públicas para as despesas da eleição geral, no valor de US$ 75 milhões, também disponíveis ao candidato democrata.
Mehlman disse que Bush precisava do dinheiro para responder aos ataques de grupos oposicionistas bem financiados, como o liderado pelo investidor George Soros, que estão gastando milhões para derrotá-lo fora da estrutura partidária convencional.
A equipe de Bush espera economizar nos gastos até março, para se preparar para o surgimento de um favorito entre os nove democratas que este mês travarão batalhas decisivas em Iowa e New Hampshire.


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