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CLIMA
UE propõe corte de emissão de gás carbônico de veículos
DA REDAÇÃO
A Comissão Européia
anunciou ontem um plano
para cortar em 18% as emissões de gás carbônico dos
veículos novos que circulam
nos países da UE. A medida,
que começará a vigorar em
2012, foi apresentada como
uma tentativa de combater o
aquecimento global.
Ambientalistas, no entanto, acusam a comissão de ter
cedido às pressões da indústria automobilística e suavizado o plano inicial, que previa metas mais ambiciosas. O
acordo atual limita as emissões veiculares em 130 gramas de CO2 por quilômetro
rodado. Mas a proposta original do comissário do Ambiente da UE, Stavros Dimas,
estabelecia um limite de 120
gramas por quilômetro.
Autoridades da UE admitiram que o movimento provavelmente levaria a um aumento no preço dos automóveis. O comissário europeu
da Indústria, Günter Verheugen, pediu aos governos
que oferecessem subsídios e
desconto em impostos a
quem comprar carros mais
ambientalmente corretos.
Ele acrescentou, no entanto, que o custo extra seria
"mais do que compensado"
pelo fato de que os carros serão mais econômicos.
O plano também pede um
maior uso de biocombustíveis -o que representa uma
oportunidade para o Brasil,
que tem na UE seu principal
mercado potencial de biodiesel- e de combustíveis
fósseis mais limpos, com o
objetivo de reduzir as emissões veiculares em 25%.
Estipula também a realização de pesquisas tecnológicas para tornar viável economicamente um limite de
95 gramas de CO2 por quilômetro em 2020. Hoje a média de emissões dos carros
europeus é de 162 gramas
por quilômetro rodado.
"Se demorarmos para agir
os custos serão maiores",
afirmou Dimas.
Ele fez referência ao relatório divulgado na última
sexta-feira pelo painel de climatologistas da ONU, o
IPCC. O documento estabelece que o aquecimento global causado pelo agravamento do efeito estufa (a retenção do calor da Terra na atmosfera por uma capa de gases) é "inequívoco" e causado por atividades humanas.
Funcionários da UE disseram que as novas regras, se
apoiadas pelos governos,
ajudarão a manter a indústria automobilística européia competitiva.
Com agências internacionais
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