São Paulo, segunda-feira, 08 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cachê de política gera polêmica

DA ENVIADA A NASHVILLE

Após discursar no jantar de encerramento da convenção nacional do "Tea Party", a ex-candidata a vice republicana Sarah Palin participou de uma sessão de perguntas e respostas pré-preparadas com o organizador do evento, Judson Phillips, na qual abordou a controvérsia em torno de sua participação.
"Qualquer coisa que eu ganhar aqui vai voltar para a causa", disse ela. Palin e a organização do encontro de conservadores foram criticados por informações de que ela teria recebido US$ 100 mil para falar em Nashville no último sábado.
Ninguém confirmou, mas tampouco negou. Phillips afirmou que há um contrato de confidencialidade regendo a participação da ex-governadora do Alasca, mas resumiu a questão em uma frase: "Posso dizer que, quando convidamos alguém do calibre da governadora Palin para falar, não fechamos negócio apenas com um aperto de mão".
Nos EUA, boa parte das convenções políticas não envolve trocas financeiras, e outros políticos, como as deputadas Marsha Blackburn (Tennessee) e Michele Bachman (Minnesota), cancelaram suas participações no evento devido à polêmica e às acusações de exploração.
Na semana anterior ao discurso, Palin chegou a publicar uma coluna no jornal "USA Today" intitulada "Por que eu vou falar na convenção do "Tea Party'". "Muitos tentaram caracterizar esse movimento como um negócio em vez do levante popular que ele é. A chama da indignação patriótica que inspirou os que lutaram por nossa independência e marcharam pelos direitos civis se acendeu de novo. Não se pode comprar esse sentimento."
Ela disse ainda que "a natureza do movimento indica que nunca haverá um evento perfeitamente orquestrado". Mas o da última semana certamente lhe caiu bem.
Quando Phillips afirmou que "há duas palavras que apavoram os esquerdistas -presidente Palin", a ex-candidata apenas sorriu e olhou para a filha mais nova, Piper, 8, que a observava, enquanto a plateia pulava das cadeiras e aplaudia fervorosamente. Ontem, ela disse à Fox News que seria um "absurdo" não considerar a possibilidade de concorrer à Casa Branca.


Texto Anterior: "Tea Party" abraça Palin como símbolo
Próximo Texto: Estudo questiona números da violência em NY
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.