UOL


São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Leia trechos do relatório de Blix ao CS da ONU

DA REDAÇÃO

Leia, a seguir, os principais trechos da declaração feita ontem pelo chefe dos inspetores de armas da ONU, o sueco Hans Blix, ao Conselho de Segurança.
 

POUCAS DIFICULDADES - Em questões referentes ao processo, especialmente ao acesso aos locais, enfrentamos relativamente poucas dificuldades, certamente muito menores do que as enfrentadas no período 1991 a 1998. Isso talvez se deva a fortes pressões externas.

FRICÇÃO - As dificuldades iniciais causadas pelo lado iraquiano quanto ao uso de helicópteros e a aviões de vigilância aérea operando nas zonas de restrição de vôo foram superadas. Isso não equivale a dizer que a operação dos inspetores está isenta de fricção.

DECEPÇÃO - O Iraque, com um sistema administrativo altamente desenvolvido, deveria ser capaz de oferecer indícios documentais mais amplos sobre seus programas de armas proibidos.

INFLUÊNCIAS INDEVIDAS - O Iraque nos forneceu os nomes de muitas pessoas que podem ser fontes relevantes de informações. (...) Embora o lado iraquiano pareça ter encorajado os entrevistados a não solicitar a presença de funcionários do governo, condições que garantam a ausência de influências indevidas são difíceis.

SEM INDÍCIOS - Nenhum indício de atividades proibidas foi localizado até agora.

DESARME SUBSTANCIAL - A destruição [de mísseis Al Samoud 2" constitui uma medida substancial de desarmamento (...). Não estamos assistindo à quebra de palitos de dente. Armas letais estão sendo destruídas.

ARMAS BIOLÓGICAS - Mais estudos sobre o antraz, o [gás] VX e mísseis foram fornecidos [pelo Iraque] recentemente. (...) Há um substancial esforço iraquiano para esclarecer (...) incertezas quanto aos volumes de armas químicas e biológicas destruídas unilateralmente em 1991.

ACELERAÇÃO - Seria difícil evitar a impressão de que, depois de um período de cooperação até certo ponto relutante, vem surgindo uma aceleração das iniciativas do lado iraquiano (...). Isso é bem-vindo. Mas o valor dessas medidas precisa ser julgado sobriamente, com base no número de dúvidas que elas efetivamente solucionaram. Isso ainda não é claro.

MESES - Quanto tempo seria preciso para completar as tarefas de desarmamento? Embora a cooperação possa e deva ser imediata, o desarmamento e sua verificação não podem ser instantâneos. Não levará anos nem semanas, mas meses.

Leia a íntegra do discurso em www.folha.com.br/030651


Texto Anterior: Relatório mantém impasse no CS
Próximo Texto: EUA propõem dar ultimato até 17 de março
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.