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EUA violaram zona desmilitarizada, suspeita ONU
DA REDAÇÃO
Sete aberturas, suficientemente
grandes para permitir a passagem
de veículos militares, foram feitas,
nos últimos dias, na cerca instalada na fronteira entre o Kuait e o
Iraque. A ONU, que investiga o
ocorrido "seriamente", suspeita
que elas tenham sido feitas por
soldados americanos à paisana.
Daljett Bagga, porta-voz da missão de observação da organização
na região -chamada Monuik-,
disse à agência de notícias France
Presse que as aberturas "foram
detectadas em cinco, seis ou sete
pontos da barreira eletrônica"
existente na fronteira.
"Tentamos estabelecer por que
isso ocorreu", afirmou Bagga, que
precisou que os "buracos foram
descobertos na quarta-feira e na
quinta-feira". "Hoje [ontem] não
vimos nada do gênero", disse.
O porta-voz salientou que alguns observadores da missão da
ONU viram várias pessoas, supostamente soldados americanos
à paisana, que conseguiram penetrar na zona desmilitarizada desde o lado kuaitiano da cerca.
"Vimos [supostos] soldados
dos EUA à paisana penetrar na
zona desmilitarizada nos últimos
dias", disse Bagga. "Essas pessoas
estavam em veículos civis com registro kuaitiano e, às vezes, tinham como companhia guardas
de fronteira kuaitianos, que são as
únicas pessoas autorizadas a entrar na zona desmilitarizada."
"Ninguém mais tem o direito de
entrar na zona desmilitarizada.
Queremos saber quem fez isso e a
razão pela qual essas pessoas agiram assim", declarou Bagga.
Cerca de 1.300 observadores da
ONU tem a missão de vigiar a
fronteira e de evitar que a zona
desmilitarizada, que tem 200 km e
e foi criada após a Guerra do Golfo, em 1991, seja violada.
Segundo funcionários do governo kuaitiano -que não quiseram
identificar-se-, as pessoas que
entraram na zona desmilitarizada
queriam estudar os possíveis lugares em que a cerca poderia ser
eliminada para permitir a passagem de veículos militares em caso
de deflagração da guerra.
Com agências internacionais
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