São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2010

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Resposta de governo a sismo é reprovada

DA REDAÇÃO

Uma pesquisa publicada ontem pelo jornal "El Mercurio" com 600 habitantes de Santiago mostra que a maioria dos entrevistados está insatisfeita com a reação do governo chileno ao terremoto que arrasou o país no último dia 27.
Dos ouvidos pelo levantamento, 72% acham que o governo foi lento e ineficiente na tentativa de restabelecer a ordem depois do terremoto -48% atribuem essa demora à relutância da presidente Michelle Bachelet, que deixa o cargo na próxima quinta, em enviar militares para a rua no fim de seu mandato.
A maioria dos entrevistados -60%- também considera que a entrega de ajuda às vítimas do tremor foi demorada e ineficaz. A pesquisa tem margem de erro de quatro pontos percentuais.
Erros na reação ao terremoto -principalmente o fato de o governo não ter alertado para um tsunami que se seguiu ao terremoto e amplificou a destruição e uma confusa contagem dos mortos- geraram uma crise política no Chile, com troca de acusações entre o governo e as Forças Armadas e a demissão na sexta-feira do responsável por disparar o alerta de tsunami.
Nessa polêmica, a maioria da população parece estar ao lado do governo -41,8% disseram que o erro no alerta de tsunami é culpa exclusiva da Marinha, contra 19,2% que responsabilizam a Presidência e 21,6% para quem ambos são culpados.
Quem parece sair bem na foto é o presidente eleito Sebastián Piñera. Para 55,7% dos entrevistados, as novas autoridades do governo estão preparadas para fazer frente à crise pós-tremor -só 33,4% dizem que não.


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