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Resposta de governo a sismo é reprovada
DA REDAÇÃO
Uma pesquisa publicada
ontem pelo jornal "El Mercurio" com 600 habitantes
de Santiago mostra que a
maioria dos entrevistados
está insatisfeita com a reação
do governo chileno ao terremoto que arrasou o país no
último dia 27.
Dos ouvidos pelo levantamento, 72% acham que o governo foi lento e ineficiente
na tentativa de restabelecer a
ordem depois do terremoto
-48% atribuem essa demora
à relutância da presidente
Michelle Bachelet, que deixa
o cargo na próxima quinta,
em enviar militares para a
rua no fim de seu mandato.
A maioria dos entrevistados -60%- também considera que a entrega de ajuda
às vítimas do tremor foi demorada e ineficaz. A pesquisa tem margem de erro de
quatro pontos percentuais.
Erros na reação ao terremoto -principalmente o fato de o governo não ter alertado para um tsunami que se
seguiu ao terremoto e amplificou a destruição e uma confusa contagem dos mortos-
geraram uma crise política
no Chile, com troca de acusações entre o governo e as
Forças Armadas e a demissão na sexta-feira do responsável por disparar o alerta de
tsunami.
Nessa polêmica, a maioria
da população parece estar ao
lado do governo -41,8% disseram que o erro no alerta de
tsunami é culpa exclusiva da
Marinha, contra 19,2% que
responsabilizam a Presidência e 21,6% para quem ambos
são culpados.
Quem parece sair bem na
foto é o presidente eleito Sebastián Piñera. Para 55,7%
dos entrevistados, as novas
autoridades do governo estão preparadas para fazer
frente à crise pós-tremor
-só 33,4% dizem que não.
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