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EUA
Democratas avançam na preferência do eleitorado e podem eleger maioria no Congresso em novembro, mostra pesquisa
Bush registra seu pior índice de aprovação
DA REDAÇÃO
O governo de George W. Bush
registrou seu pior índice de aprovação -apenas 36%- em uma
pesquisa divulgada ontem pelo
instituto Ipsos por encomenda da
agência de notícias Associated
Press. O índice é 11 pontos inferior
ao registrado em novembro na série e reflete o descontentamento
dos americanos com a operação
militar no Iraque, a guerra contra
o terror e as questões internas de
modo geral. Quase 70% crêem
que o país siga o rumo errado.
Além disso, a sete meses das
eleições legislativas, o partido de
Bush vê seu apoio se esvair e corre
o risco de perder a maioria nas
duas Casas, o que tornaria boa
parte da agenda do presidente em
seus últimos dois anos de mandato inviável. Na sondagem, só 30%
aprovam a performance do Congresso sob a batuta republicana, e
apenas 33% preferem que o partido controle o Legislativo, contra
49% que citam os democratas.
"Esses números são assustadores. Perdemos toda a vantagem
que tínhamos acumulado", disse
o encarregado de pesquisas no
Partido Republicano, Tony Fabrizio. "A boa notícia é que os democratas não têm bem um plano",
afirmou. "A má notícia é que eles
podem nem precisar de um."
Até na questão da segurança,
bastião republicano, a pesquisa
traz um empate: 41% dizem confiar mais no partido do governo
para proteger o país, mesmo percentual obtido pelos democratas.
Seguindo a tendência de outros
levantamentos, Bush perdeu terreno na condução da guerra ao
terrorismo, sua grande bandeira.
Apenas 40% da população a aprova, uma queda de nove pontos
desde o levantamento anterior e
de 24 pontos desde 2004, quando
o presidente se reelegeu. Já a ação
americana no Iraque é endossada
por 35% dos entrevistados, o pior
resultado. O Ipsos ouviu 1.003
pessoas nesta semana, e a margem de erro é de três pontos percentuais em ambas as direções.
Vazamento
A Casa Branca se recusou ontem a responder a revelação de
que Bush autorizou um ex-assessor a divulgar informações secretas sobre o Iraque, o que culminou no vazamento do nome da
espiã Valerie Plame e causou um
escândalo político.
Mas o porta-voz Scott McClellan insistiu em que o presidente
tem autoridade para liberar o sigilo de informações quando isso é
de interesse público e rejeitou
acusações de que Bush o teria feito por interesse político.
Com agências internacionais
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