São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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Itália emperra acordo em Belém

DA REDAÇÃO

Palestinos e israelenses chegaram a um acordo para levantar o cerco à igreja da Natividade, em Belém (Cisjordânia). Porém a Itália, que deveria receber os militantes procurados por Israel, disse não ter sido consultada, e a solução para encerrar o impasse de 36 dias não pôde ser implementada.
Segundo o acordo, 13 militantes palestinos acusados de terrorismo por Israel seriam transferidos para o Egito e, em seguida, exilados na Itália. Outros 26 militantes procurados por Israel seriam levados para a faixa de Gaza. As demais pessoas que estão dentro da igreja seriam soltas.
O governo italiano afirmou que não pode aceitar os palestinos agora e que "nunca recebeu pedido sobre a possibilidade de receber os palestinos".
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, telefonou duas vezes ontem ao primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, mas não houve acordo.
Ao todo, cerca de 150 pessoas, entre militantes armados, civis e clérigos permaneciam na igreja, que foi cercada no início da ofensiva israelense, no mês passado. Os palestinos armados buscaram refúgio no local após a invasão de Israel na cidade. Na igreja, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus.
Outro ponto que pode prejudicar o acordo é a oposição feita por grupos palestinos ao acordo, entre eles o próprio Fatah, de Iasser Arafat -que ratificou o acerto-, o Hamas e a Frente Popular pela Libertação da Palestina.
Eles defendem que os palestinos sejam enviados a Gaza, não ao exterior.


Com agências internacionais


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