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Itália emperra acordo em Belém
DA REDAÇÃO
Palestinos e israelenses chegaram a um acordo para levantar o
cerco à igreja da Natividade, em
Belém (Cisjordânia). Porém a Itália, que deveria receber os militantes procurados por Israel, disse não ter sido consultada, e a solução para encerrar o impasse de
36 dias não pôde ser implementada.
Segundo o acordo, 13 militantes
palestinos acusados de terrorismo por Israel seriam transferidos
para o Egito e, em seguida, exilados na Itália. Outros 26 militantes
procurados por Israel seriam levados para a faixa de Gaza. As demais pessoas que estão dentro da
igreja seriam soltas.
O governo italiano afirmou que
não pode aceitar os palestinos
agora e que "nunca recebeu pedido sobre a possibilidade de receber os palestinos".
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, telefonou duas vezes ontem ao primeiro-ministro
italiano, Silvio Berlusconi, mas
não houve acordo.
Ao todo, cerca de 150 pessoas,
entre militantes armados, civis e
clérigos permaneciam na igreja,
que foi cercada no início da ofensiva israelense, no mês passado.
Os palestinos armados buscaram
refúgio no local após a invasão de
Israel na cidade. Na igreja, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus.
Outro ponto que pode prejudicar o acordo é a oposição feita por
grupos palestinos ao acordo, entre eles o próprio Fatah, de Iasser
Arafat -que ratificou o acerto-,
o Hamas e a Frente Popular pela
Libertação da Palestina.
Eles defendem que os palestinos
sejam enviados a Gaza, não ao exterior.
Com agências internacionais
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