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repercussão
TV e blogs dão disputa por encerrada
DO "NEW YORK TIMES"
Na madrugada de ontem, a classe dos gurus políticos de elite que vive na
televisão se moveu com
força, e talvez irreversivelmente, contra a viabilidade da manutenção da candidatura presidencial da
senadora Hillary Clinton.
O momento foi retratado em uma afirmação devastadora de Tim Russert,
da NBC News: "Nós agora
sabemos quem vai ser o
candidato democrata, e
ninguém pode questionar
isso. Os mais próximos a
ela [Hillary] vão lhe fazer
uma dura análise e, se forem sinceros, dirão: "Qual
é a lógica? O que diremos
aos superdelegados que
ainda não declararam seus
votos? Por que diremos a
eles que você continua na
disputa?" E hoje não há nenhuma resposta satisfatória a essas questões".
O impacto foi imediato,
começando pelo "Drudge
Report", portal on-line de
notícias. Sua história principal era o link para um
clip no YouTube com os
comentários de Russert,
acompanhados por uma
fotografia de um exultante
Barack Obama com sua
mulher, Michelle, e o título: "O Escolhido".
"Hoje há uma percepção
cada vez maior de que
Obama será escolhido",
disse Chris Wallace, da
Fox News. Post no blog
político Daily Kos incluiu
recado irônico a Hillary,
intitulado "lista do que fazer antes de desistir".
Falando à CNN, David
Gergen, que foi assessor de
vários presidentes, inclusive do marido de Hillary,
Bill Clinton, disse: "Acho
que os Clinton e seus aliados sabem que o jogo está
praticamente terminado".
Indo mais direto ao ponto, Bob Franken, analista
político, disse: "Vamos pôr
os fatos sobre a mesa: acabou. Acabou".
E assim continuou a história nos principais noticiários matutinos. É claro
que a imprensa especializada em política não viveu
exatamente dias de glória
neste ano. Freqüentemente, ela fez previsões que foram superadas por votos
reais de pessoas reais.
Mas suas opiniões importam mais do que nunca
na fase final das primárias,
na qual Hillary e Obama
batalham para obter apoio
dos superdelegados, um
grupo que provavelmente
levará em conta as opiniões dos analistas políticos de Washington na hora de tomar suas decisões.
Questionado se os duros
comentários na TV e na
blogosfera não levariam os
superdelegados na direção
de Obama, o diretor de comunicação da campanha
de Hillary, Howard Wolfson, disse: "Ainda bem para nós que a palpitocracia
não controla esse processo, mas sim os eleitores. E
os eleitores nos deram
uma importante vitória
em Indiana".
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