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Novo governo terá Congresso mais dividido
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO MÉXICO
Com a provável ratificação
de sua vitória pelo Tribunal
Federal Eleitoral (Trife),
apesar do pedido de impugnação da esquerda mexicana,
o conservador Felipe Calderón terá outro grande desafio
político.
Se o presidente Vicente
Fox não conseguiu aprovar
nenhuma grande reforma
por contar com minoria parlamentar em seus seis anos
de governo, Calderón enfrentará uma situação pior: o
Congresso mais dividido da
história do México.
Pela primeira vez, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) não é maior força no Parlamento -ficou em
terceiro lugar, com 28,21%.
Mas o partido de Calderón, o
direitista Partido da Ação
Nacional (PAN) teve 33,39%.
Ele deve contar com o apoio
dos 4,54% dos votos da Nova
Aliança, legenda novata que
recebeu os votos dos seguidores de Esther Gordillo, a
poderosa presidente do sindicato nacional dos professores, que antes era a principal
liderança do PRI. Ela já manifestou apoio a Calderón.
As cadeiras na Câmara e
no Senado ainda não foram
completamente divididas
por partido e por Estado,
mas o mais provável é que
60% da Câmara seja de oposição a Calderón.
Como o conservador enfatizou a "campanha negativa"
contra Andrés Manuel López Obrador, apontando-o
como violento, um "perigo
para o país" ou um "retrocesso", será difícil ter apoio de
seu Partido da Revolução
Democrática (PRD), de esquerda, a seu governo, que
recebeu quase 29% dos votos
para o Parlamento.
"Somos um país plural, temos de respeitar isso. Vou
buscar um diálogo direto
com o PRD e com o próprio
López Obrador, ainda que
pareça difícil", disse Calderón ontem.
(RJL)
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