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Governo prega corte em gasto com burocracia
DA REDAÇÃO
Uma das principais promessas
de Álvaro Uribe para seu governo,
que começou ontem, é a retomada do crescimento econômico,
afetado nos últimos tempos pela
agudização do conflito, que produz grandes perdas com a destruição da infra-estrutura e a fuga
de investimentos externos.
A atual crise econômica é a pior
desde a década de 30. O PIB (Produto Interno Bruto) do país está
em queda desde 1996 e o desemprego oficial atingiu, no mês passado, sua mais alta taxa da história: 16%. A dívida externa foi de
US$ 17 bilhões para US$ 34 bilhões nos últimos dez anos.
Segundo um relatório do Banco
Mundial, 64% dos colombianos
estão abaixo da linha de pobreza e
23% são indigentes.
Analistas econômicos advertem
que o crescimento do déficit público verificado nos últimos tempos, aliado à crise de confiança
que atinge os países da América
do Sul, poderia gerar uma situação insustentável no médio prazo.
A dívida pública colombiana
equivale hoje a 70% do PIB.
As propostas de Uribe para aumentar os gastos com Defesa
-equivalente hoje a 3,5% do PIB,
menor, por exemplo, do que os
gastos do Chile- poderiam, para
os analistas, provocar um rombo
ainda maior nas contas.
Mas Uribe promete combater o
déficit com cortes de gastos públicos, principalmente aqueles relacionados à burocracia. Uma de suas propostas de reforma política, a redução do Congresso, serviria, segundo ele, para reduzir isso.
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