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Taleban ataca grupo médico no Afeganistão
Dez integrantes da equipe foram mortos
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Dez pessoas pertencentes
a uma equipe médica foram
mortas na Província de Badakhshan, no norte do Afeganistão. Oito das vítimas
eram estrangeiras (seis americanos, uma britânica e uma
alemã), e as outras duas, intérpretes afegãos.
Eles eram médicos, enfermeiros e técnicos voluntários
da ONG cristã Missão de Assistência Internacional (IAM,
em inglês), informou o diretor da organização baseada
em Cabul, Dirk Frans.
O Taleban assumiu a responsabilidade pelas mortes.
O único sobrevivente do grupo, um motorista afegão,
afirmou à polícia ter recitado
trechos do Corão no momento em que seria assassinado.
De acordo com o motorista,
os militantes perceberam,
então, que ele era muçulmano e o libertaram.
A polícia disse que habitantes locais advertiram a
equipe de que ela poderia ser
alvo de ataques na região.
Entretanto, conforme o relato do sobrevivente afegão,
eles disseram que estariam a
salvo por trabalharem com
ajuda humanitária.
Porta-voz do Taleban, Zabihulá Muyahid afirmou que
os integrantes do grupo médico foram mortos porque
eram missionários cristãos e
porque espionavam para os
Estados Unidos.
Ele disse que o grupo levava Bíblias em dari, uma das
línguas oficiais do Afeganistão, e mapas e sistemas de
transmissão a serem usados
para espionagem. "Quando
nossa patrulha os encontrou,
tentaram escapar e foram
executados", disse ele.
A IAM informou que eles
trabalhavam em hospitais oftalmológicos na capital Cabul, Herat, Mazar-i-Sharif e
Candahar. Em nota, a ONG
disse que a "tragédia impacta a nossa capacidade de
continuar servindo o povo
afegão, como a IAM tem feito
desde 1996". "Esperamos
que ela não interrompa o
nosso trabalho, que beneficia mais de 250 mil afegãos."
A ONG negou a realização
de atividades missionárias
ou de espionagem.
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