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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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Mísseis alvejam aeroporto de Bagdá

DA REDAÇÃO

Dois mísseis foram disparados contra um avião americano que decolava do aeroporto de Bagdá algumas horas antes de o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, deixar o Iraque. A aeronave não foi atingida.
O incidente, na manhã de anteontem, só foi relatado ontem pelos EUA. A passagem de Rumsfeld pelo aeroporto era esperada, mas não foi confirmado de onde ele embarcou.
Os americanos fizeram questão de frisar, porém, que não houve risco para o secretário. Foi divulgado ainda que os dois mísseis não deixaram vítimas ou danos.
O ataque foi o terceiro do gênero desde o final dos principais combates no Iraque. Os dois anteriores também não acertaram os aviões. O aeroporto de Bagdá está fechado para vôos comerciais desde a guerra por causa da preocupação com a segurança.
Uma porta-voz militar dos EUA afirmou que não há como prevenir os ataques com mísseis, mas minimizou o risco deles.

Protesto
Em Najaf (sul), centenas de xiitas protestaram contra o desemprego na cidade em frente ao escritório do administrador nomeado pelos EUA. "Temos famílias, e 90% estão desempregados", disse Jabar al Khafaji. "Só estão nos dando promessas."
O administrador Haidar Mehdi al Mayyali admitiu que garantir trabalho para um batalhão de desempregados está descartado, já que milhares estão competindo por postos no serviço público.
O descontentamento em Najaf com o desemprego e com os serviços prestados está crescendo. O administrador ouve diariamente em seu escritório pedidos de trabalho e várias outras reclamações.
Em Falluja, duas crianças foram mortas num tiroteio entre policiais iraquianos e ladrões. Os EUA anunciaram a prisão de um suspeito de ter participado em agosto do ataque com granadas contra um hospital infantil de Baquba, que matou três soldados.
As autoridades americanas, ouvidas pelo diário "New York Times", ainda não têm como afirmar que a onda de atentados no Iraque é parte de uma ação coordenada. Os órgãos do governo se digladiam com várias teorias conflitantes sobre quem está por trás da violência no pós-guerra.
Centenas, talvez milhares, de militantes leais a Saddam se organizam em células, segundo o "Times". A natureza da resistência é tornada confusa por causa de criminosos que deixaram as prisões antes da guerra e de combatentes estrangeiros, sobretudo militantes islâmicos, que se infiltraram provenientes do Irã, da Arábia Saudita, da Síria e da Jordânia.


Com agências internacionais e "The New York Times"


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