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Mísseis alvejam aeroporto de Bagdá
DA REDAÇÃO
Dois mísseis foram disparados
contra um avião americano que
decolava do aeroporto de Bagdá
algumas horas antes de o secretário da Defesa dos EUA, Donald
Rumsfeld, deixar o Iraque. A aeronave não foi atingida.
O incidente, na manhã de anteontem, só foi relatado ontem
pelos EUA. A passagem de Rumsfeld pelo aeroporto era esperada,
mas não foi confirmado de onde
ele embarcou.
Os americanos fizeram questão
de frisar, porém, que não houve
risco para o secretário. Foi divulgado ainda que os dois mísseis
não deixaram vítimas ou danos.
O ataque foi o terceiro do gênero desde o final dos principais
combates no Iraque. Os dois anteriores também não acertaram os
aviões. O aeroporto de Bagdá está
fechado para vôos comerciais
desde a guerra por causa da preocupação com a segurança.
Uma porta-voz militar dos EUA
afirmou que não há como prevenir os ataques com mísseis, mas
minimizou o risco deles.
Protesto
Em Najaf (sul), centenas de xiitas protestaram contra o desemprego na cidade em frente ao escritório do administrador nomeado pelos EUA. "Temos famílias, e 90% estão desempregados",
disse Jabar al Khafaji. "Só estão
nos dando promessas."
O administrador Haidar Mehdi
al Mayyali admitiu que garantir
trabalho para um batalhão de desempregados está descartado, já
que milhares estão competindo
por postos no serviço público.
O descontentamento em Najaf
com o desemprego e com os serviços prestados está crescendo. O
administrador ouve diariamente
em seu escritório pedidos de trabalho e várias outras reclamações.
Em Falluja, duas crianças foram
mortas num tiroteio entre policiais iraquianos e ladrões. Os
EUA anunciaram a prisão de um
suspeito de ter participado em
agosto do ataque com granadas
contra um hospital infantil de Baquba, que matou três soldados.
As autoridades americanas, ouvidas pelo diário "New York Times", ainda não têm como afirmar que a onda de atentados no
Iraque é parte de uma ação coordenada. Os órgãos do governo se
digladiam com várias teorias conflitantes sobre quem está por trás
da violência no pós-guerra.
Centenas, talvez milhares, de
militantes leais a Saddam se organizam em células, segundo o "Times". A natureza da resistência é
tornada confusa por causa de criminosos que deixaram as prisões
antes da guerra e de combatentes
estrangeiros, sobretudo militantes islâmicos, que se infiltraram
provenientes do Irã, da Arábia
Saudita, da Síria e da Jordânia.
Com agências internacionais e "The New
York Times"
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