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IRAQUE OCUPADO
Cidades são cercadas com arame, diz jornal
Atentado mata soldado americano, e general dos EUA prevê mais ataques
DA REDAÇÃO
Um soldado americano foi
morto ontem em um atentado em
Mossul, no norte do Iraque. Em
Bagdá, o comandante das Forças
dos EUA no Iraque, general Ricardo Sánchez, afirmou que novos ataques devem ocorrer no
país enquanto o ex-ditador Saddam Hussein não for capturado.
No ataque que matou o militar
americano, uma bomba colocada
na estrada fez em pedaços um jipe
Humvee. A ação é atribuída a
guerrilheiros leais a Saddam ou a
militantes extremistas islâmicos
de outros países.
"Escutamos uma explosão e
corremos para ver. Havia soldados americanos no chão e uma
Humvee destruída", disse o policial iraquiano Hamid Saleh.
Em declarações dadas ontem,
Sánchez afirmou que os iraquianos precisam ajudar os americanos a encontrar Saddam.
Porém, segundo o general dos
EUA, hoje o ex-ditador é "uma
agulha no palheiro".
O general acrescentou: "Estamos focados em encontrar essa
agulha, mas tem sido difícil. A população iraquiana precisa ajudar
a capturar Saddam". Anteontem,
o secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, já havia afirmado que será difícil encontrar o
ex-ditador.
Para Sánchez, capturar Saddam
será importante para mostrar aos
iraquianos que ele não retornará
ao poder. "Isso contribuirá para
reduzir a violência", disse.
Por enquanto, o comandante
americano acredita que haverá
crescimento na violência contra
os americanos até junho, quando
os EUA transferirão o poder para
um governo iraquiano interino.
Rumsfeld afirmou anteontem
que, para diminuir a violência, é
preciso acelerar o treinamento
das forças iraquianas, para que
aos poucos elas possam começar
a tomar conta do país.
Segundo o diário americano
"The New York Times", soldados
dos EUA começaram a cercar vilas iraquianas com arame farpado. Em alguns casos, os militares
estão demolindo prédios que supostamente são utilizados por insurgentes iraquianos.
Parentes de suspeitos de pertencerem a guerrilhas leais a Saddam
foram presos para pressionar os
insurgentes a se entregarem.
Entrevista
O coronel iraquiano Al Dabbagh (o primeiro nome não foi informado) disse em entrevista ao
jornal britânico "The Sunday Telegraph" que foi ele o responsável
por fornecer ao governo britânico
a informação de que Saddam poderia utilizar armas de destruição
em massa em apenas 45 minutos,
se quisesse.
Essa informação foi um dos
principais argumentos do Reino
Unido e dos EUA para atacar o
Iraque. Porém, após a guerra, como Saddam não usou essas armas, os britânicos começaram a
ser criticados.
Al Dabbagh afirma que confirma o que disse e acrescentou que
Saddam não quis usar as armas,
mas ainda as mantém escondidas.
Com agências internacionais
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