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São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2003

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TAIWAN

Presidente quer referendo antiguerra

DA REDAÇÃO

O presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, disse ontem que ele quer levar adiante a proposta de realizar um referendo "contra a guerra" e "contra os mísseis" nas eleições presidenciais de março.
Um porta-voz do presidente disse que o objetivo do referendo é pressionar a China a remover 496 mísseis que, segundo Chen, estão apontados para a ilha e a não atacar Taiwan.
A China considera Taiwan, localizada em uma ilha, uma Província rebelde que precisa ser reunificada ao país, mesmo que seja necessário o uso da força.
Nos EUA, o premiê chinês, Wen Jiabao, vai pedir que os EUA pressionem Taiwan a não tentar a independência. Os americanos defendem que Taiwan tenha segurança e são os principais fornecedores de armas para a ilha.
Porém Washington reconhece apenas o governo de Pequim como legítimo. "Para garantir a paz e a democracia e prevenir as nossas crianças de terem de ir para o campo de batalha, realizaremos um referendo no dia da eleição [presidencial] em 20 de março do próximo ano", disse Chen para milhares de simpatizantes na cidade de Hsinchu, na região norte de Taiwan.
O Partido Nacionalista, principal opositor de Chen, se opõe à independência de Taiwan e apóia uma aproximação com Pequim.
O presidente do partido, Lien Chan, que será o rival de Chen nas eleições de março, criticou os planos de referendo.
"Provocações políticas, retóricas ou mobilização do interesse público em um referendo apenas serve para acentuar as tensões no estreito [que separa a China continental de Taiwan]", disse Lien na abertura de seu QG de campanha, em Taipei.
Se eleito, Lien pretende imediatamente estabelecer um diálogo com o governo de Pequim.


Com agências internacionais


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