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Islamabad anuncia operação contra grupo vinculado a terror em Mumbai
DA REDAÇÃO
Autoridades de Islamabad
anunciaram ontem a destruição de um campo de treinamento do Lashkar-e-Taiba
(exército dos devotos), organização islâmica paquistanesa à
qual a Índia atribui os atentados de Mumbai, que mataram
172 pessoas há dez dias.
Segundo fontes locais, helicópteros de combate do Paquistão bombardearam uma
base do grupo radical situada
nos arredores de Muzaffarabad, capital paquistanesa da região da Caxemira, disputada
com a Índia há meio século.
Até o fechamento desta edição, não havia detalhes sobre
morte ou captura de militantes.
Analistas dizem que a operação paquistanesa pretendia
apaziguar as tensões com a Índia. Nova Déli acusa Islamabad
de não tomar atitudes firmes
contra militantes islâmicos radicais e afirma que o único responsável pelos atentados de
Mumbai capturado com vida é
paquistanês e confessou ter sido treinado no Paquistão.
O suspeito está preso em local desconhecido, e há dúvidas
sobre os métodos pelos quais o
depoimento foi obtido. Também estão presos três indianos,
um deles originário da Caxemira, mas ainda não está clara a
extensão de sua participação
nos ataques.
Numa tentativa de apaziguar
os dois países, a secretária de
Estado americana, Condoleezza Rice, descartou ontem o envolvimento direto de autoridades de Islamabad nos ataques
de Mumbai mas reiterou que os
terroristas têm vínculos com o
Paquistão. "Não há dúvida de
que o território paquistanês foi
usado [para preparar os ataques], mas provavelmente por
atores não-estatais", disse Rice,
em entrevista à TV CNN.
Nova Déli acusou ontem Islamabad de tentar desviar o foco
da culpa sobre a origem dos ataques ao propagar a história do
suposto trote recebido pelo
presidente paquistanês, Asif
Ali Zardari, no dia 28 de novembro. Segundo divulgou a
mídia, um anônimo que se
identificou como o chanceler
indiano telefonou para Zardari
após os ataques e ameaçou atacar o Paquistão .
Com agências internacionais
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