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Opositor quer seguir passos de presidente
DA ENVIADA A LA PAZ
Na sacada do Palácio
Quemado, a sede de governo em La Paz, o presidente
Evo Morales comemorou
sua reeleição recontando
sua história política: seu
partido passou de cerca de
3% da preferência do eleitorado em 1997 para 63%
nas eleições de domingo.
Enquanto a oposição
tradicional -fragmentos
de partidos e líderes regionais- discutia de quem foi
a culpa do avanço do governo nas urnas, o opositor René Joaquino comemorava, cautelosamente,
os resultados, apostando
que pode repetir a trajetória de Morales.
Ex-prefeito da cidade
mineira de Potosí, indígena quéchua e sindicalista
como Morales, Joaquino
obteve 3% dos votos nacionais na votação para
presidente, com sua recém-fundada AS (Aliança
Social), que se apresenta
como esquerda moderada.
"Aliança Social é o único
projeto emergente nestas
eleições, e temos uma representação parlamentar
que vai lutar pelos interesses da pátria", disse.
Apesar da baixa porcentagem de votos, analistas
bolivianos concordam
com a visão do ex-prefeito.
Quando se busca uma alternativa de oposição que
tenha apelo com as maiorias indígenas fechadas
com Morales, Joaquino
poderia ser uma opção.
No período pré-eleitoral, a oposição tentou articular, sem sucesso, uma
candidatura de um indígena. O ex-vice-presidente
Víctor Hugo Cárdenas
(1993-1997), considerado
centrista, foi um dos aventados, ao lado da governadora de Chuquisaca, Savina Cuéllar.
Mas, se há semelhanças
de trajetória, há muito que
afasta Joaquino e Morales.
À diferença do ex-prefeito,
o presidente articula sob o
guarda-chuva do seu MAS
(Movimento ao Socialismo) a rede mais consolidada e importante de movimentos sociais e organizações sindicais da Bolívia.
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