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ISRAEL
Partido cai nas pesquisas após alegações de doação ilegal contra premiê
Denúncia contra Sharon abala Likud
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Ariel Sharon, prometeu ontem se defender
do que afirmou serem "calúnias
políticas" segundo as quais teria
recebido verbas ilegais de campanha no passado. O escândalo já
começa a minar a popularidade
de Sharon e de seu partido, o Likud (centro-direita), nas semanas
que antecedem as eleições parlamentares de 28 de janeiro.
Pesquisa divulgada ontem mostrou que, embora o atual chefe de
governo continue na frente na
disputa e favorito para a reeleição,
cerca de um terço dos eleitores
pensam que as suspeitas de corrupção o desqualificam para continuar no cargo de premiê.
Além disso, 16% dos membros
do Likud disseram ter perdido a
confiança que tinham em Sharon.
Há algumas semanas, as sondagens previam uma vitória likudista esmagadora: o partido conquistaria cerca de 40 das 120 cadeiras do Knesset (Parlamento),
contra menos de 20 do Partido
Trabalhista.
Agora, segundo levantamento
publicado pelo diário "Haaretz",
o Likud elegeria apenas 27 representantes. A oposição trabalhista
se aproximou do rival histórico,
contando com apoio para conquistar 24 cadeiras. É a primeira
vez que o partido supera na campanha a barreira das 22 cadeiras.
O caso -que já vem sendo explorado eleitoralmente pela oposição trabalhista- surgiu anteontem, após publicação de uma
reportagem no diário "Haaretz"
revelando que o premiê recebeu
empréstimo de US$ 1,5 milhão de
um empresário sul-africano.
O dinheiro teria sido empregado na devolução de doações ilegais recebidas para a campanha
de Sharon para conquistar a liderança do Likud, em 1999. Os filhos
do primeiro-ministro -um deles, Omri, é candidato a deputado- também estariam envolvidos no escândalo financeiro.
"Isso é uma calúnia política desprezível, e a refutarei com documentos e fatos", disse Sharon ontem. O Ministério da Justiça disse
que não espera concluir suas investigações sobre a doação antes
das eleições.
Tropas israelenses mataram ontem dois palestinos na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Fontes militares disseram que soldados
guardando a fronteira norte de Israel mataram um militante armado que tentava entrar no país vindo do território da Síria. O episódio é incomum, já que essa fronteira costuma ser pacífica.
Com agências internacionais
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