DA REDAÇÃO

Os muçulmanos acreditam que quem realiza o Hajj de forma sincera se torna tão puro quanto no dia em que nasceu. A peregrinação a Meca é um dos cinco pilares fundamentais do islamismo: testemunhar que "não há deus senão Deus, e Muhammad é o mensageiro de Deus"; orar cinco vezes ao dia em direção a Meca; pagar um tributo que corresponde a 2,5% da renda anual do muçulmano, para caridade; jejuar no mês de Ramadã e realizar o Hajj pelo menos uma vez na vida, para todos aqueles que têm condições físicas e financeiras.
Cerca de 2 milhões de muçulmanos participam anualmente do Hajj. A procura é tão grande que, em geral, o governo saudita estabelece uma cota de peregrinos e exige que o "hajji" (aquele que já realizou o Hajj) espere pelo menos cinco anos para repetir a peregrinação. O Hajj ocorre no último mês do calendário islâmico, que segue o ciclo lunar -os muçulmanos estão no ano 1423.
Antes de entrar em Meca, os peregrinos devem vestir uma roupa especial: pedaços de pano sem costura. As mulheres deixam descobertos apenas o rosto e as mãos. Nesse estado de purificação, segundo o islamismo, todos os peregrinos estão proibidos de provocar brigas ou manter relações sexuais.

Rituais
Durante o Hajj, há diversos rituais, incluindo a escalada do monte Arafat, onde o profeta Muhammad fez seu último sermão, o apedrejamento da estela que simboliza o demônio e as voltas em torno da Caaba (construção cúbica que teria sido erguida por Abraão e Ismael e que abriga a pedra negra sagrada de Meca).
Um dos pontos culminantes é o Eid al Adha (festa do sacrifício), que comemora o sacrifício que Deus exigiu de Abraão para testar sua fé. Os muçulmanos acreditam que seu filho Ismael ia ser morto, mas foi poupado por Deus.
"A peregrinação é uma instituição religiosa estabelecida na época de Abraão, que foi encarregado por Deus de ir ao topo da montanha para chamar os fiéis", diz o xeque saudita Ahmad ibn Sayfuddin, professor de sociologia na Universidade Al Imam, em Riad (Arábia Saudita). (PDF)


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