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COLÔMBIA
Explosão atingiu anteontem clube frequentado por executivos e políticos e deixou mais de 150 pessoas feridas
Atentado em Bogotá deixa ao menos 26 mortos
DA REDAÇÃO
Pelo menos 26 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas
anteontem à noite por uma forte
explosão em um clube frequentado por executivos e políticos na
zona norte de Bogotá (capital da
Colômbia).
A explosão atingiu o clube El
Nogal por volta das 20h10 (23h10
em Brasília), lançando pedaços
do prédio de dez andares em uma
avenida movimentada e provocando um incêndio que durou
cerca de duas horas e provocou
danos em toda a construção.
O vice-presidente colombiano,
Francisco Santos, atribuiu o ataque às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia),
maior guerrilha de esquerda do
país. Nenhum grupo assumiu a
autoria do atentado, mas as Farc
haviam dito que planejavam alvejar a elite colombiana.
Os rebeldes, que tradicionalmente concentravam suas ações
no interior, vêm ampliando os
ataques nas cidades. No final de
2002, uma onda de atentados a
bomba em Bogotá atribuída às
Farc deixou cerca de 50 feridos.
Segundo a polícia, a explosão foi
provocada por um carro-bomba
estacionado no quarto andar do
prédio. Foram usados mais de 200
kg de explosivos.
O clube era um dos mais exclusivos da Colômbia e era dirigido
pelo ministro do Interior, Fernando Londoño, até agosto, antes de
ele assumir o cargo. Frequentado
por políticos e executivos, incluía
restaurantes, centros de ginástica
e quartos de hóspedes.
"Foi uma explosão gigantesca.
Achei que um avião tinha se chocado contra o clube", disse Luis
Moreno, que mora em um prédio
em frente ao local. A explosão fez
com que as janelas de seu apartamento quebrassem.
Várias crianças ficaram feridas
no atentado. Testemunhas disseram que algumas delas fariam
uma apresentação de balé, na sexta-feira à noite. Um funcionário
do clube, disse que a explosão
abriu um buraco no chão e muitas
pessoas caíram dentro dele.
A explosão ocorreu poucas horas após a polícia ter anunciado a
apreensão em Bogotá de cinco
morteiros e cinco granadas, que
seriam utilizados em atentados
organizados pelas Farc.
Na semana passada, o governo
prorrogou por mais três meses o
estado de exceção vigente desde o
dia 12 de agosto. O argumento para a prorrogação foi "o clima de
grave perturbação da ordem pública". O estado de exceção dá ao
governo mecanismos para impor
restrições às liberdades constitucionais para permitir o combate
aos grupos armados ilegais.
A Colômbia vive em guerra civil
há quatro décadas, com um saldo
de mais de 40 mil mortos nos últimos dez anos. O presidente Álvaro Uribe foi eleito em maio prometendo pulso firme contra os
grupos armados ilegais.
Com agências internacionais
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