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Moscou sugere sistema russo-americano como alternativa ao escudo antimísseis
DA REDAÇÃO
Um acordo entre Rússia e Estados Unidos para instalação
de um sistema conjunto de avaliação de riscos é uma alternativa ao escudo antimísseis americano no Leste Europeu -que
Washington diz ter como objetivo prevenir ataques do Irã.
A sugestão foi feita ontem pelo vice-premiê russo, Sergei
Ivanov, na 45ª Conferência de
Segurança de Munique. O projeto americano, iniciado no governo de George W. Bush e denunciado por Moscou como
uma ameaça à sua segurança, é
o principal ponto de atrito entre o Kremlin e o Pentágono.
À frente da delegação americana em Munique, o vice-presidente americano, Joe Biden,
afirmara, na véspera, que os
EUA vão revisitar as muitas
áreas onde "podem e devem
trabalhar em conjunto com a
Rússia". "É hora de apertar o
botão de reiniciar nas relações
com a Rússia."
O vice-presidente disse que o
Pentágono manterá o projeto
de construir o escudo antimísseis com bases na Polônia e na
República Tcheca "se ele for
tecnicamente viável", mas o fará "em cooperação com os parceiros da Otan e a Rússia".
Às vésperas do principal encontro internacional de segurança, a Rússia anunciou, em
janeiro, o adiamento da instalação de mísseis em Kaliningrado. A militarização do encrave
russo no mar Báltico era uma
resposta ao projeto americano.
Mantendo o discurso de "boa
vontade" que marcou a reação
russa à posse de Barack Obama,
Ivanov insistiu que a Rússia
não influenciou a decisão do
governo quirguiz de suspender
o uso da base aérea de Manas
pelos militares americanos.
Única base aérea dos EUA na
Ásia Central, Manas era estratégica para o abastecimento
das tropas no Afeganistão. Autoridades americanas insinuaram à imprensa que o Quirguistão, ex-república soviética, agiu
sob pressão do Kremlin, após
assegurar mais de US$ 2 bilhões em ajuda da Rússia.
Com agências internacionais
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