São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Paz no Iraque depende de diálogo político, diz general

DA REDAÇÃO

O emprego apenas de força militar não é suficiente para estabilizar o Iraque e dirimir a violência sectária no país.
A opinião é do general americano David Petraeus, que assumiu no mês passado o comando das Forças Armadas dos EUA no Iraque.
Petraeus afirmou ainda, em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o posto, que uma solução para o problema do país passa necessariamente pela inclusão no diálogo político de grupos iraquianos que, atualmente, estão se opondo ao governo do Iraque e aos EUA. E, prosseguiu o general, são essas negociações que "determinarão, no longo prazo, o sucesso desse esforço [de pacificação do Iraque]".
"Qualquer estudante de história sabe que não existe solução militar para um problema como o iraquiano, para uma insurgência como aquela", disse o general.
Apesar do que disse Petraeus, e apesar do fato de ele não ser o único militar de alta patente americano que já esteve no Iraque a ter afirmado que força só não resolve, o presidente George W. Bush determinou no início do ano o envio de mais 21.500 soldados ao país. Soldados esses que se juntarão aos cerca de 130 mil que já estão lá. Um dos principais objetivos dessa força adicional é retomar o controle das ruas de Bagdá, atualmente à mercê de milícias sunitas e xiitas, que se digladiam e promovem atentados com homens-bomba.
"Ação militar é necessária para melhorar a segurança", reconheceu o general Petraeus. Mas "a solução política de várias diferenças", a eliminação "da sensação de que muita gente não se importa com o futuro do Iraque (...), é crucial", completou.

Manutenção do efetivo
Para um dos subordinados de Petraeus, tanto o uso da força militar é necessário que o contingente de soldados americanos no Iraque, incluso o aumento prometido por Bush e já em andamento, deve ser mantido até fevereiro do ano que vem.
Essa é a recomendação que consta de um relatório do tenente-general Raymond T. Odierno, que também está a serviço no Iraque.
A Casa Branca nunca chegou a se pronunciar sobre por quanto tempo deve manter o contingente adicional no Iraque, mas, de acordo com o jornal "New York Times", militares têm dito que em agosto o número de soldados no país deve voltar a decrescer.


Com agências internacionais


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