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Paz no Iraque depende de diálogo político, diz general
DA REDAÇÃO
O emprego apenas de força
militar não é suficiente para estabilizar o Iraque e dirimir a
violência sectária no país.
A opinião é do general americano David Petraeus, que assumiu no mês passado o comando
das Forças Armadas dos EUA
no Iraque.
Petraeus afirmou ainda, em
sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o posto,
que uma solução para o problema do país passa necessariamente pela inclusão no diálogo
político de grupos iraquianos
que, atualmente, estão se opondo ao governo do Iraque e aos
EUA. E, prosseguiu o general,
são essas negociações que "determinarão, no longo prazo, o
sucesso desse esforço [de pacificação do Iraque]".
"Qualquer estudante de história sabe que não existe solução militar para um problema
como o iraquiano, para uma insurgência como aquela", disse o
general.
Apesar do que disse Petraeus, e apesar do fato de ele
não ser o único militar de alta
patente americano que já esteve no Iraque a ter afirmado que
força só não resolve, o presidente George W. Bush determinou no início do ano o envio
de mais 21.500 soldados ao
país. Soldados esses que se juntarão aos cerca de 130 mil que já
estão lá. Um dos principais objetivos dessa força adicional é
retomar o controle das ruas de
Bagdá, atualmente à mercê de
milícias sunitas e xiitas, que se
digladiam e promovem atentados com homens-bomba.
"Ação militar é necessária
para melhorar a segurança", reconheceu o general Petraeus.
Mas "a solução política de várias diferenças", a eliminação
"da sensação de que muita gente não se importa com o futuro
do Iraque (...), é crucial", completou.
Manutenção do efetivo
Para um dos subordinados de
Petraeus, tanto o uso da força
militar é necessário que o contingente de soldados americanos no Iraque, incluso o aumento prometido por Bush e já
em andamento, deve ser mantido até fevereiro do ano que
vem.
Essa é a recomendação que
consta de um relatório do tenente-general Raymond T.
Odierno, que também está a
serviço no Iraque.
A Casa Branca nunca chegou
a se pronunciar sobre por
quanto tempo deve manter o
contingente adicional no Iraque, mas, de acordo com o jornal "New York Times", militares têm dito que em agosto o
número de soldados no país deve voltar a decrescer.
Com agências internacionais
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