São Paulo, domingo, 09 de abril de 2000


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Empresa é orientada a avisar funcionários

do "The New York Times"

A Associação Americana de Administração tem recomendado que as empresas que já instalaram programas de monitoramento de e-mails informem os funcionários sobre as regras para a utilização do correio eletrônico na companhia e deixem claro que as mensagens que eles enviam poderão ser lidas por outros.
É bem possível que em algum momento essa transparência na utilização de programas de monitoramento de e-mails passe a ser exigida por lei em boa parte dos Estados Unidos.
No Estado da Califórnia, já tramita um projeto de lei que pretende tornar ilegal o monitoramento feito de forma sigilosa do correio eletrônico de funcionários das empresas no Estado.
De acordo com advogados familiarizados com questões relativas à privacidade nos locais de trabalho, quando o monitoramento de e-mail passa a ser rotineiro, enquadra-se em áreas imprecisas da lei.
Alguns advogados afirmam que uma troca casual de e-mails se assemelha mais a uma conversa telefônica do que a um memorando impresso e deve ser protegida, do mesmo modo que as leis contra o grampeamento de telefones proíbem agências do governo e algumas empresas de espionar as conversas pessoais de seus funcionários.
Até pouco tempo atrás, o monitoramento eletrônico se aplicava principalmente à atividade de navegação na web.
Era fácil para as empresas vasculhar registros dos sites visitados por seus funcionários e restringir acessos a determinadas páginas, como as de conteúdo sexual. Para monitorar e-mail, no entanto, era preciso passar horas sentado diante do servidor. Poucos gerentes se davam a esse trabalho.
Nos últimos seis meses, porém, os softwares de monitoramento se sofisticaram.
Hoje as empresas podem registrar, filtrar e classificar automaticamente cada palavra que passa por suas redes.

Programas
O programa SuperScout, produzido pela SurfControl, pode gerar gráficos apontando as dez pessoas que recebem mais mensagens de e-mail, as dez que enviam mais mensagens e as dez que enviam as mensagens mais longas.
Outro produto, o xVmail, produzido pela xVault, capacita gerentes a visualizar o texto das mensagens e fazer buscas nos textos.
As empresas Symantec, GFI Fax e Voice também lançaram produtos de monitoramento de correio eletrônico nos últimos meses.


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