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Uruguai teve repressão
da Agência Folha, em Porto Alegre
No Uruguai, onde há 200 terreiros de umbanda para uma população de 3,2 milhões de pessoas, o
regime militar (1973-1985) conseguiu erradicar a umbanda durante vários anos, realizando uma
verdadeira caça às bruxas.
Devido à forte influência cultural brasileira, tal repressão se viu
confundida com razões políticas
para mortes e desaparecimentos.
O número específico de vítimas
umbandistas é desconhecido.
Na década de 40, a umbanda começou a aparecer como alternativa religiosa, havendo um crescimento forte na década de 60. Como as manifestações ocorriam
por meio de agrupamentos que
participavam das sessões religiosas, os militares, nos anos 70, as
viram como simples subversão.
Nos anos 90, com a consolidação da democracia, o crescimento
das religiões afro-brasileiras se
tornou vertiginoso. As oferendas
para Iemanjá viraram evento turístico nas praias de Montevidéu,
sempre no dia 2 de fevereiro. Em
quase todos os terreiros, há a seguinte frase: "A religião é boa.
Más são as pessoas".
O Ministério do Turismo uruguaio oficializou o dia de Iemanjá
como de "interesse turístico nacional". Para justificar a atitude, o
ministro Benito Stern disse que "o
evento foi denominado por antropólogos e sociólogos como a
maior festa popular do país".
Os uruguaios também buscam
respostas espirituais para os problemas. Um exemplo é o de Iesi
Silva, cujo filho sofreu acidente de
moto, ficou gravemente ferido e,
depois de preces e oferendas a Iemanjá, se recuperou.
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