São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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EUA se aliam a islâmicos contra educação sexual

DA REDAÇÃO

A aliança dos EUA com o Vaticano e com países islâmicos contra referências a educação sexual nas escolas e a serviços de planejamento familiar está dificultando o consenso para a redação de um documento final da assembléia geral especial da ONU sobre infância.
O governo americano, que recentemente ordenou cobrir estátuas nuas em Washington, defende a abstinência sexual como método principal de prevenção à gravidez e a doenças sexualmente transmissíveis.
"Como já disse o presidente [George W.] Bush, a abstinência é a única forma segura de evitar a transmissão de enfermidades sexuais, a gravidez prematura e dificuldades sociais e pessoais que gera a atividade sexual fora do casamento", disse o secretário da Saúde dos EUA, Tommy Thomson.
Os EUA e a Somália são os únicos dois países que não ratificaram a Convenção dos Direitos da Criança, de 1989. A maioria conservadora do Congresso se nega a ratificá-la, sob o argumento de que ameaçaria a autoridade dos pais.
"Os EUA não aceitam obrigações baseadas nisso, nem aceitamos que é o melhor ou único paradigma para desenvolver programas e políticas para beneficiar crianças", disse o negociador americano na conferência, Michael Southwick.



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