São Paulo, sábado, 09 de maio de 2009

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Presidente do Afeganistão pede a EUA que cessem ataques aéreos

DA REDAÇÃO

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, exortou ontem os EUA a cessarem os ataques aéreos no país. Em operações realizadas no início da semana, dezenas de civis afegãos foram mortos em dois vilarejos da Província de Farah (oeste).
"Não podemos justificar de nenhuma maneira, por maior que seja o número de terroristas do Taleban mortos, a perda acidental ou não de civis", disse Karzai em entrevista à emissora americana de TV CNN.
Em Washington para encontro com o americano Barack Obama e o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, Karzai disse que o anfitrião lamentou e se desculpou pelas mortes.
As mortes de civis, que comprometem a já frágil situação política interna afegã, vêm sendo o principal ponto de atrito entre Washington e Cabul.
O episódio do início da semana está sendo investigado por autoridades americanas e afegãs. Um funcionário local disse anteontem ter obtido os nomes de 147 pessoas supostamente mortas nos ataques aéreos.
Se confirmado o número, o ataque terá sido o mais mortífero desde a invasão americana do país, em 2001, quando derrubou o Taleban do poder.
Ontem, o governo americano disse que a estimativa é "extremamente superestimada" e os dados recolhidos pelos investigadores no local ainda estão sendo analisados. Não há data para a divulgação do resultado.
Mas, citando fontes do Pentágono, a CNN disse que Washington reconhece que a ação foi responsável pela morte de até 50 pessoas. Ainda assim, seria o episódio com mais vítimas admitidas desde 2001.
Segundo a versão americana, os ataques foram solicitados pelas próprias forças militares afegãs, que temiam uma emboscada de insurgentes do Taleban ao ingressar na área.
Ontem, na Província de Helmand, um ataque suicida matou 21 civis e dois soldados da Otan, aliança militar ocidental.


Com agências internacionais


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