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Presidente do Afeganistão pede a EUA que cessem ataques aéreos
DA REDAÇÃO
O presidente do Afeganistão,
Hamid Karzai, exortou ontem
os EUA a cessarem os ataques
aéreos no país. Em operações
realizadas no início da semana,
dezenas de civis afegãos foram
mortos em dois vilarejos da
Província de Farah (oeste).
"Não podemos justificar de
nenhuma maneira, por maior
que seja o número de terroristas do Taleban mortos, a perda
acidental ou não de civis", disse
Karzai em entrevista à emissora americana de TV CNN.
Em Washington para encontro com o americano Barack
Obama e o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, Karzai
disse que o anfitrião lamentou
e se desculpou pelas mortes.
As mortes de civis, que comprometem a já frágil situação
política interna afegã, vêm sendo o principal ponto de atrito
entre Washington e Cabul.
O episódio do início da semana está sendo investigado por
autoridades americanas e afegãs. Um funcionário local disse
anteontem ter obtido os nomes
de 147 pessoas supostamente
mortas nos ataques aéreos.
Se confirmado o número, o
ataque terá sido o mais mortífero desde a invasão americana
do país, em 2001, quando derrubou o Taleban do poder.
Ontem, o governo americano
disse que a estimativa é "extremamente superestimada" e os
dados recolhidos pelos investigadores no local ainda estão
sendo analisados. Não há data
para a divulgação do resultado.
Mas, citando fontes do Pentágono, a CNN disse que Washington reconhece que a ação
foi responsável pela morte de
até 50 pessoas. Ainda assim, seria o episódio com mais vítimas
admitidas desde 2001.
Segundo a versão americana,
os ataques foram solicitados
pelas próprias forças militares
afegãs, que temiam uma emboscada de insurgentes do Taleban ao ingressar na área.
Ontem, na Província de Helmand, um ataque suicida matou 21 civis e dois soldados da
Otan, aliança militar ocidental.
Com agências internacionais
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