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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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IRÃ NA MIRA

País nega violação de acordo

Teerã admite erro sobre informações nucleares

DA REDAÇÃO

O governo iraniano admitiu ontem que o país não informou às autoridades das Nações Unidas detalhes sobre a importação de uma pequena quantidade de urânio 12 anos atrás. O pronunciamento de Teerã foi uma resposta ao documento da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) tornado público na última sexta, que diz que o país não cumpriu corretamente o acordo para repassar informações sobre seus desenvolvimentos nucleares.
De acordo com o relatório, o Irã importou 1,8 tonelada de urânio natural em 1991, mas o governo não informou qual foi o seu destino. Com essa quantidade, seria possível produzir apenas 130 gramas de urânio enriquecido.
"Embora a quantidade de material nuclear não seja grande, as informações não fornecidas dentro do cronograma estabelecido sobre o material e sua destinação são um fator de preocupação", disse o documento.
Gholamreza Aghazadeh, diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, disse que a falha, entretanto, não representa uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e que seu país nunca descumpriu tal acordo -acusação feita constantemente pelo governo americano.
"Não há menção [no documento] à palavra "violação", algo que os EUA tentam instigar. O relatório apenas cita "falha'", declarou Aghazadeh, acrescentando que tal diferença abre espaço para um debate com a agência da ONU.
Segundo ele, a omissão ocorreu porque as regras da agência da ONU não obrigavam Teerã a informar todas as suas aquisições de urânio. O relatório, todavia, deixava claro que o procedimento deveria ter sido adotado.

Inspetores
Neste final de semana, inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica chegaram ao Irã para avaliar as atividades nucleares do país. Teerã terá de mostrar que possui um programa apenas para desenvolver energia nuclear.


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