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EUROPA
Maioria do eleitorado vai às urnas e marca "sim" ao ingresso do país no bloco, previsto para maio do próximo ano
Polônia aprova entrada na União Européia
DA REDAÇÃO
A população polonesa aprovou
neste final de semana a entrada do
país na União Européia -segundo estimativas divulgadas na noite de ontem, 82% dos eleitores
marcaram "sim" no referendo.
"Estamos voltando para a Europa", afirmou o presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski,
ao ser informado sobre os primeiros números. Com o ingresso
marcado para maio de 2004, a Polônia é o maior dos dez países do
Leste Europeu convidados a se
unir ao atual bloco de 15 países.
A preocupação de que o comparecimento às urnas ficasse abaixo
de 50% -necessário para validar
a votação- fez com que muitos
eleitores aparecessem para votar
ontem, o segundo e último dia do
plebiscito. Com isso, segundo dados preliminares, o comparecimento às urnas ficou em 56% dos
cerca de 29,5 milhões de eleitores.
No sábado, o comparecimento
estava em 18%.
O resultado dá a Kwasniewski o
respaldo legal para ratificar o pré-acordo, assinado em abril. Os resultados oficiais devem ser divulgados hoje.
Com cerca de 38 milhões de habitantes, a Polônia é o maior país
que se prepara para ingressar no
bloco dos 15 países europeus. Terá poder de voto igual ao da Espanha e atrás apenas de Reino Unido, Alemanha, França e Itália.
Hungria, Eslováquia, Eslovênia,
Malta e Lituânia já aprovaram o
ingresso na UE. Na República
Tcheca, o plebiscito está marcado
para este mês. Letônia e Estônia
farão sua consulta em setembro.
No Chipre, a decisão será tomada
pelo Parlamento local.
Entre os termos acertados no
acordo assinado entre a Polônia e
a União Européia estão um apoio
financeiro de US$ 4,5 bilhões nos
três primeiros anos para a pequena agricultura e um período de
transição de sete anos antes da
abertura mútua do mercado de
trabalho -especialistas estimam
que cerca de 400 mil poloneses
poderiam procurar emprego nos
países mais ricos do bloco.
Líderes poloneses fizeram uma
grande campanha em favor da
entrada na UE, afirmando que
acelerará a modernização na Polônia, cuja economia ainda se recupera de 40 anos de regime comunista, encerrado em 89.
Para esses líderes, fora da UE, o
país nunca conseguiria diminuir a
distância que separa a economia
polonesa da dos países do bloco
europeu. O PIB (produto interno
bruto) da Polônia corresponde a
apenas 42% da média dos países
europeus. Já o desemprego no
país chega a 18%.
A oposição à entrada foi composta por uma aliança de conveniência entre católicos conservadores e um grupo de fazendeiros,
que alertou para o perigo de 2 milhões de pequenas propriedades
desaparecerem em razão da competição dentro da UE.
No Brasil
Apesar de a colônia ser relativamente grande, apenas 257 poloneses compareceram nos quatro
postos de votação no Brasil, montados em São Paulo, no Rio, em
Brasília e em Curitiba. Só nove votaram contra o ingresso na UE.
Com agências internacionais
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