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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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EUROPA

Maioria do eleitorado vai às urnas e marca "sim" ao ingresso do país no bloco, previsto para maio do próximo ano

Polônia aprova entrada na União Européia

DA REDAÇÃO

A população polonesa aprovou neste final de semana a entrada do país na União Européia -segundo estimativas divulgadas na noite de ontem, 82% dos eleitores marcaram "sim" no referendo.
"Estamos voltando para a Europa", afirmou o presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, ao ser informado sobre os primeiros números. Com o ingresso marcado para maio de 2004, a Polônia é o maior dos dez países do Leste Europeu convidados a se unir ao atual bloco de 15 países.
A preocupação de que o comparecimento às urnas ficasse abaixo de 50% -necessário para validar a votação- fez com que muitos eleitores aparecessem para votar ontem, o segundo e último dia do plebiscito. Com isso, segundo dados preliminares, o comparecimento às urnas ficou em 56% dos cerca de 29,5 milhões de eleitores. No sábado, o comparecimento estava em 18%.
O resultado dá a Kwasniewski o respaldo legal para ratificar o pré-acordo, assinado em abril. Os resultados oficiais devem ser divulgados hoje.
Com cerca de 38 milhões de habitantes, a Polônia é o maior país que se prepara para ingressar no bloco dos 15 países europeus. Terá poder de voto igual ao da Espanha e atrás apenas de Reino Unido, Alemanha, França e Itália.
Hungria, Eslováquia, Eslovênia, Malta e Lituânia já aprovaram o ingresso na UE. Na República Tcheca, o plebiscito está marcado para este mês. Letônia e Estônia farão sua consulta em setembro. No Chipre, a decisão será tomada pelo Parlamento local.
Entre os termos acertados no acordo assinado entre a Polônia e a União Européia estão um apoio financeiro de US$ 4,5 bilhões nos três primeiros anos para a pequena agricultura e um período de transição de sete anos antes da abertura mútua do mercado de trabalho -especialistas estimam que cerca de 400 mil poloneses poderiam procurar emprego nos países mais ricos do bloco.
Líderes poloneses fizeram uma grande campanha em favor da entrada na UE, afirmando que acelerará a modernização na Polônia, cuja economia ainda se recupera de 40 anos de regime comunista, encerrado em 89.
Para esses líderes, fora da UE, o país nunca conseguiria diminuir a distância que separa a economia polonesa da dos países do bloco europeu. O PIB (produto interno bruto) da Polônia corresponde a apenas 42% da média dos países europeus. Já o desemprego no país chega a 18%.
A oposição à entrada foi composta por uma aliança de conveniência entre católicos conservadores e um grupo de fazendeiros, que alertou para o perigo de 2 milhões de pequenas propriedades desaparecerem em razão da competição dentro da UE.

No Brasil
Apesar de a colônia ser relativamente grande, apenas 257 poloneses compareceram nos quatro postos de votação no Brasil, montados em São Paulo, no Rio, em Brasília e em Curitiba. Só nove votaram contra o ingresso na UE.


Com agências internacionais

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