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AFEGANISTÃO
Caso pode não ser político
Estrangeiros ajudarão a inquirir morte de vice
DA REDAÇÃO
O comando da força internacional de segurança que atua no
Afeganistão (Isaf) concordou ontem em participar da investigação
do assassinato do vice-presidente
Abdul Qadir, ocorrido no sábado,
num momento em que ganha força a suspeita de que o crime tenha
mais relação com disputas pessoais do que com um plano para
minar o governo.
Diante do insuficiente avanço
das investigações, a administração do presidente Hamid Karzai
pediu à força internacional que
ajudasse nos esforços de busca
dos responsáveis pelo crime.
O comandante da Isaf, o general
turco Hilmi Akin Zorlu, afirmou
que uma força conjunta seria formada para auxiliar os afegãos. Essa força seria composta por membros da Isaf e por funcionários do
Ministério da Justiça e do Ministério do Interior do Afeganistão.
"É vital que os autores desse crime sejam julgados o mais rápido
possível, e a Isaf dará todo o apoio
necessário para que isso ocorra",
declarou Zorlu. Qadir foi morto
(ao lado de seu genro) por dois
atiradores. Ele deixava seu escritório no centro de Cabul. Os assassinos fugiram.
Qadir, que foi um comandante
guerrilheiro durante o conflito
contra os soviéticos (1979-1989),
era o mais importante membro
da etnia pashtu no governo (exceto o próprio Karzai).
Ele também era ministro de
Obras Públicas e governador de
Nangarhar, uma Província relativamente rica situada junto à fronteira com o Paquistão. Nangarhar
também é um conhecido centro
de comércio, de contrabando e de
cultivo de papoula.
Por enquanto, nenhum sucessor foi nomeado para os três postos. No entanto um grupo de anciãos da Província de Nangarhar
sugeriu ao governo afegão a nomeação do irmão mais velho de
Qadir, Din Mohammed, para os
cargos vagos.
Visto que os assassinos ainda
não foram identificados, o impacto do assassinato sobre o frágil governo de Karzai, que só teve início
no mês passado, depois da realização de uma Loya Jirga (grande
assembléia), ainda não pode ser
determinado.
Durante todo o dia de ontem,
ganhou força a especulação de
que o assassinato possa ter sido
cometido a mando de barões da
droga ou de chefes de guerra da
própria região de Nangarhar, não
por membros do Taleban ou da
rede terrorista Al Qaeda.
Com agências internacionais
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