DA REPORTAGEM LOCAL

As autoridades argentinas afirmaram ontem que o alerta terrorista estava mantido em relação à região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai).
O alerta foi dado em outubro, quando o país recebeu informes do serviço secreto israelense e do governo norte-americano sobre os riscos de atentados terroristas em várias regiões.
Anteontem, o governo argentino informou que terroristas ligados ao Hizbollah e à rede Al Qaeda teriam realizado uma "reunião de cúpula" na cidade paraguaia de Ciudad del Este e em seus arredores. A divulgação da informação recebeu ampla cobertura da TV americana CNN.
Os argentinos são cautelosos em relação ao terror. Na década de 90, ocorreram dois grandes atentados terroristas no país. Em 1991, um atentado à Embaixada de Israel matou 29 pessoas; em 1994, um carro-bomba explodiu na Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), causando a morte de 85 pessoas.
Os órgãos de segurança e investigação do governo argentino insistem na existência de células terroristas na região há mais de cinco anos. Parte dos investigadores acredita que ambos os atentados tenham sido planejados por terroristas que se escondiam ou fugiram do país pela região da tríplice fronteira. Na Secretaria da Segurança, também existem investigações a respeito das ligações entre o contrabando de mercadorias e drogas que ocorre na região e o financiamento de atividades terroristas.



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