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Menem será investigado no caso da Amia
DE BUENOS AIRES
A Justiça suíça vai acatar os pedidos de juízes argentinos e instaurará uma investigação sobre as
denúncias de que o o ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999) recebeu US$ 10 milhões de
suborno para abafar supostas ligações do Irã com um atentado
contra a Amia, um centro judaico
de Buenos Aires, em 1994. Morreram 85 pessoas na ação.
Menem, que é pré-candidato à
Presidência pelo PJ (Partido Justicialista), nega a acusação. Ele disse que vai processar o jornal americano "The New York Times", o
primeiro a publicar a informação,
assim como o ex-agente iraniano
que fez as denúncias ao diário.
A juíza Christine Junod, de Genebra, disse que a "Argentina alega que Menem recebeu dinheiro
para orientar a investigação [sobre o atentado] de alguma forma". Menem também é acusado
de ter desviado recursos públicos
com a venda ilegal de armas para
a Croácia e o Equador.
O ex-presidente já havia admitido que tinha uma conta em um
banco suíço. Os recursos (cerca de
US$ 600 mil, segundo ele) seriam
provenientes de um processo que
ele teria movido contra o Estado
argentino nos anos 80.
Menem nunca declarou esses
recursos e é acusado de omissão.
A Justiça suíça, no entanto, não
vai investigar esse depósito, mas
sim a existência de contas onde
estariam depositados mais de
US$ 15 milhões, em nome de Menem e antigos assessores.
(MARCELO BILLI)
Com agências internacionais
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