São Paulo, quarta-feira, 09 de novembro de 2005

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"LE FIGARO"

Situação grave leva governo a atender apelos

DA REDAÇÃO

Para o periódico "Le Figaro", que observou em editorial que a França está com medo de uma escalada na violência que "nada, após 12 dias, fez esmorecer", a decretação do estado emergência pelo premiê Dominique de Villepin "deu a entender que o governo compreendeu a gravidade da situação". O primeiro-ministro, com sua medida, atendeu à demanda "de numerosos prefeitos, da direita e da esquerda", afirma o periódico conservador.
"Depois de alguns dias em que o poder, bem como a sociedade francesa, pareceu como que tomado de perplexidade pela irrupção da violência, essa reafirmação do princípio da autoridade vem em boa hora", afirma o "Figaro".
Declarando insuficientes as manifestações de setores da sociedade em favor da distensão, o jornal celebra o reforço dos poderes do Estado, o que ocorreu com a decretação das últimas medidas: "O Estado não se contentará em esperar que o fim de uma violência "inaceitável e indesculpável" venha da fadiga dos revoltosos, da boa vontade dos chefes do tráfico de drogas, ou da leniência dos imãs".
"Agora que as mais altas autoridades da República se pronunciaram, a ação se impõe. Chegou o momento de a lei do ódio retroceder perante a lei da República", conclui o "Le Figaro".


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